A Nike resolveu entrar de sola no mercado de camisas da Série A do Campeonato Brasileiro. Após anos com estratégia de exclusividade com Corinthians e seleção brasileira, a marca do Swoosh fechou com o Vasco por sete temporadas.
O clube cruz-maltino deixará a Kappa após o fim do vínculo, que termina no final deste ano. O time também tinha recebido proposta de Diadora, Puma e da própria Kappa. A proposta da Nike, cujos valores estão sendo mantidos em sigilo, foi a mais alta.
A informação sobre o contrato com o Vasco foi publicada pelo GE e confirmada pela Máquina do Esporte.
Atlético-MG
Além do time de São Januário, a Nike também já havia acertado a entrada no Atlético-MG, que deixará a Adidas, cujo contrato também chegará ao fim em dezembro.
Com os dois acordos fechados, a Nike voltará a vestir pelo menos dois clubes da Série A, algo que não acontecia desde abril de 2022, quando a empresa era parceira de Red Bull Bragantino e Corinthians, time com quem tem contrato até hoje.
Naquele mês, a equipe de Bragança Paulista (SP) trocou a marca norte-americana pela compatriota New Balance, hoje no São Paulo.
Palheta de cores
No entanto, a Nike não ficou restrita aos grandes de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Todos, por coincidência, usam uniformes alvinegros. Mas o azul também pode ser adicionado à palheta de cores da marca no Brasil.
A empresa tenta expandir seus negócios no Sul. Uma proposta foi apresentada ao Grêmio, que veste Umbro há 11 anos e encerra o atual vínculo em dezembro.
Segundo a Máquina do Esporte apurou, a oferta da Nike é a mais vantajosa apresentada até o momento. A Puma e a própria Umbro também estão na disputa para vestir o Imortal a partir de 2026. Uma decisão deve ser tomada até o mês que vem.

Corinthians
Essas movimentações recentes podem ser um indicativo de que a Nike estaria prestes a deixar o Corinthians. Mas isso não é verdade. O atual contrato vence no final do ano e conta com uma cláusula de renovação automática até 2029.
No entanto, o próprio presidente Augusto Melo já falou publicamente que avalia o acordo como defasado. A ideia do dirigente é conseguir um bom reajuste antes de assinar um novo contrato.
Guerra das camisas
A expansão dos negócios da Nike na Série A do Campeonato Brasileiro também mexe com suas concorrentes. A Adidas, que perderá o Atlético-MG, já havia visto, no ano passado, o São Paulo trocar as três listras pela New Balance.
A marca alemã, porém, ainda conta com boa visibilidade garantida pelos contratos em vigor com Flamengo e Internacional, que vão até 2029, além do Cruzeiro, cujo vínculo atual se encerra só em 2030. Por enquanto, não há movimentação da empresa atrás de novos clubes.
A Puma, por sua vez, possui contratos longos com Palmeiras (até 2028) e Red Bull Bragantino (até 2029). A mais recente movimentação é a possibilidade de entrar no Bahia, que hoje possui marca própria de material esportivo.
A empresa alemã já é fornecedora do Manchester City, principal time do City Football Group (CFG), também dono da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do clube baiano. No entanto, até o momento, Puma e Bahia não comentam sobre um eventual acerto.