Pular para o conteúdo

A Copa do Mundo de 2026 já começou

Evento esportivo de maior audiência no planeta já está ditando as conversas nas marcas, nas agências e no digital

Taça Fifa, dada ao campeão da Copa do Mundo 2026 - Divulgação

Taça Fifa, que será dada ao campeão da Copa do Mundo de 2026 - Divulgação

Quem trabalha no mercado publicitário está acostumado com a premissa de que outubro é o mês em que as empresas definem os orçamentos e estipulam os grandes marcos para o ano que está por vir.

Mas para nós, que atuamos no mercado esportivo, em ano que antecede ano de Copa do Mundo, fico com a percepção de que outubro “virou” setembro. Principalmente quando se trata de uma Copa nos Estados Unidos, lugar propício e oportuno para ativações de marcas, conexões com clientes e geração de conhecimento (awareness).

Para se ter uma ideia do que representa uma Copa do Mundo, trata-se do evento esportivo de maior audiência no planeta e que é capaz de capturar a atenção de metade da população mundial. A edição de 2018, na Rússia, por exemplo, foi assistida por cerca de 3,57 bilhões de pessoas, alcançando 51,3% dos habitantes da Terra. Já na Copa de 2022, no Catar, estima-se um público global acumulado na casa de 5 bilhões de telespectadores.

Como a próxima edição terá os EUA como sede principal, esses números serão ainda maiores em 2026.

Quando falo que a Copa já começou é porque estamos vivendo intensamente esses bastidores das empresas que querem se destacar no ano que vem. Já há empresas realizando concorrência com agências de marketing esportivo para ajudar nas estratégias no ano da Copa, assim como já começou a corrida das marcas e agências para desde já garantirem os principais nomes do mercado de influência como embaixadores.

Além disso, também já “pipocam” pedidos de orçamento para montagem e estruturação de equipes de centro de comando (war room), físico ou virtual, para que as marcas liderem as conversas quando a bola de fato rolar.

O anúncio da Casa CazéTV, uma parceria entre a CazéTV e a TM1, é uma demonstração de que as empresas já estão em 2026. Essa é uma das diversas iniciativas que veremos para o ano que vem.

O fato é que a Copa do Mundo ditará as conversas nas marcas, nas agências e no digital. E quem não se mexer, ou deixar para se mexer apenas em 2026, certamente entrará em campo com 20 ou 30 minutos do primeiro tempo.

Inteligência artificial

Um dos temas que prometem ganhar bastante destaque nessa jornada é o uso de inteligência artificial (IA) para desenvolvimento de campanhas. Com o avanço da tecnologia e a proliferação de ferramentas como o ChatGPT, cada vez mais é possível identificarmos o uso de plataformas de desenvolvimento para redução de custos, maior velocidade de entrega, tempo real (em muitos casos) e, principalmente, facilitação de agenda, quando o assunto é utilização de atletas em campanhas.

Essa é uma pauta que temos estudado bastante e que pretendo abordar nas minhas próximas colunas aqui, na Máquina do Esporte.

Bernardo Pontes, executivo de marketing com passagens por clubes como Fluminense, Vasco, Cruzeiro, Corinthians e Flamengo, é sócio da Alob Sports, agência de marketing esportivo especializada em intermediação e ativação no esporte, que conecta atletas e personalidades esportivas a marcas

Conheça nossos colunistas