A End to End está ampliando seu escopo de atuação no mercado esportivo brasileiro através do fortalecimento de seu braço tecnológico. Através do “Fun to Fan”, uma solução proprietária voltada para a gestão de programas de sócio-torcedor e operações de arenas, a agência busca integrar jornadas de aquisição, controle de dados e personalização de experiências.
O desenvolvimento da ferramenta contou com a participação ativa do Grêmio, que é parceiro da agência há alguns anos. A solução foi desenhada para oferecer autonomia ao clube gaúcho, permitindo o controle de ponta a ponta, desde a interface visualizada pelo torcedor até o processamento de dados em tempo real. O objetivo central é permitir que o clube realize promoções e integrações com parceiros sem depender do desenvolvimento de soluções isoladas.
“A gente tem uma função chamada Fan Manager, que é toda a entrega de valor que vai desde o front-end, que é aquilo que o torcedor vê em termos de jornada de aquisição do seu sócio-torcedor, até o ponto de vista de back-end, que é o que o clube faz do ponto de vista de acesso de dados e de capacidade de personalização”, comentou Luiz Guilherme, diretor de clubes da End to End, em entrevista à Máquina do Esporte na Confut Nordeste 2025.
“Hoje, o clube tem uma autonomia muito grande e eu acho que essa é a grande evolução não só em relação ao que ele tinha, mas comparativamente ao mercado, a gente entrega uma solução com um nível de autonomia gigantesco”, acrescentou.
Conversão
A aplicação prática da tecnologia no Grêmio tem gerado métricas focadas na eficiência do funil de vendas. A estratégia da agência concentra-se na redução da fricção durante o processo de adesão aos planos de sócio-torcedor, com o objetivo de diminuir a quantidade de cliques e facilitar o fluxo de checkout. Segundo a End to End, a otimização do fluxo da jornada do torcedor impacta diretamente as taxas de conversão final.
“O que a gente enxerga é uma diminuição muito clara na fricção de jornada de conversão e, quando você olha para o funil de conversão, vemos resultados melhores. A pessoa tem um workflow melhor para chegar na etapa de conclusão da compra em relação a antes [da adoção da ferramenta]”, destacou o diretor de clubes da End to End.
Hospitalidade
Além da gestão de sócios para clubes de futebol, o ecossistema da agência de marketing esportivo também envolve soluções para gestão de arenas e hospitalidade. O Allianz Parque utiliza a tecnologia para administrar a operação de camarotes e convidados. A demanda surgiu da necessidade de integrar diferentes serviços, como estacionamento e identificação facial, por exemplo, em uma plataforma unificada para os detentores de camarotes e seus visitantes.
O sistema voltado para arenas ajuda a melhorar, principalmente, a experiência do usuário final nos dias de eventos. A ferramenta ainda permite que os proprietários de camarotes gerenciem convites e acessos de forma digital, buscando eliminar processos manuais e reduzir o tempo de entrada no estádio. O produto encontra-se em fase final de homologação no estádio do Palmeiras e já é apresentado a outras arenas do país.
“O Allianz Parque tinha uma dor muito grande na gestão de hospitalidade deles. A partir disso, a gente criou um sistema para que, não só o Allianz, mas outras arenas tenham um produto fácil, simples e rápido de se fazer as integrações com o estacionamento, com empresa de A&B, de fazer uma gestão melhor dos convites que são enviados para os convidados”, explicou Jorge Duarte, gerente de negócios da End to End, em entrevista à Máquina do Esporte na Confut Nordeste 2025.
A estratégia da empresa para os próximos anos ainda envolve equilibrar a relevância que a marca possui em ativações de marketing com a nova frente de tecnologia. Para 2026, o planejamento inclui a expansão do “Fun to Fan” para outros clientes, mantendo a personalização conforme a demanda de cada organização.
“A gente já está muito bem consolidado no ecossistema de marketing, ativações, patrocínios, com números expressivos e a gente quer trazer todo esse reconhecimento, essa parte de indicadores, geração de receita, também para a parte de tecnologia. Eu acho que o grande desafio hoje, que vamos já tratar em 2026, é fazer com que ol Fun to Fan seja relevante como a gente já é na parte de marketing e ativação”, destacou Jorge Duarte.
