As operadoras de apostas que atuam no modelo atualmente regulamentado no Brasil movimentaram R$ 27,7 bilhões em GGR (Gross Gaming Revenue, na sigla em inglês) de janeiro a setembro deste ano.
“Os novos dados mostram a verdadeira escala do mercado regulado no Brasil”, afirma Leonardo Baptista, CEO e cofundador da Pay4Fun.
O volume de negócios gerou uma arrecadação de R$ 3,327 bilhões em tributos federais, segundo informações do Ministério da Fazenda fornecidas via Lei de Acesso à Informação (LAI) a pedido da empresa de pagamentos Pay4Fun.
O montante recolhido corresponde à aplicação da alíquota de 12% prevista na legislação das apostas sobre o GGR das empresas, que representa a receita bruta descontada dos prêmios pagos aos vencedores das apostas.
“Quando o país coloca luz sobre números como arrecadação, perfil dos apostadores e destino dos recursos, todo o ecossistema ganha: o governo arrecada mais, o consumidor tem mais segurança e as empresas sérias conseguem operar em um ambiente competitivo e previsível”, comenta Baptista.
Perfil
Segundo dados do governo federal, durante o período analisado, 25 milhões de apostadores ativos foram contabilizados. Desse total, 68,3% dos clientes dos sites de apostas são homens, enquanto 31,7% são mulheres.
O recorte por faixa etária, porém, não foi divulgado. A Secretaria de Prêmios e Apostas afirma que as informações por idade ainda não estão totalmente consolidadas e exigiriam “esforço adicional de tratamento”, inviável dentro do prazo legal.
Destino
De acordo com o detalhamento do Ministério da Fazenda, a arrecadação federal foi distribuída entre diferentes setores.
O Esporte foi o segmento que recebeu a maior parcela dos recursos, totalizando R$ 1.221.426.979,90. O Turismo aparece na sequência, com um repasse de R$ 953.198.321,29, seguido pela Segurança Pública, com R$ 461.702.907,26. Os valores também foram direcionados para a Seguridade Social (R$ 347.374.685,05) e Educação (R$ 342.181.167,80).
As demais áreas contempladas foram Saúde (R$ 34.586.983,28); Fundo para Aparelhamento e Operacionalização das Atividades-fim da Polícia Federal, conhecido como Funapol (R$ 18.322.369,36); Sociedade Civil (R$ 16.899.176,83) e Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, a ABDI (R$ 13.636.467,09).
