O skate virou febre nacional em sua primeira aparição nos Jogos Olímpicos. Em Tóquio, o Brasil conquistou três medalhas olímpicas na modalidade, que fizeram com que a busca por itens do esporte disparasse de uma hora para outra.
Em conversa com Erich Beting e Mariana Stocco, no podcast “Maquinistas”, Eduardo Musa, presidente da Confederação Brasileira de Skate (CBSk), falou sobre os desafios da entidade e o interesse repentino pelo esporte.
O executivo, que tem passagem pelo futebol, também comentou sobre a dificuldade de trabalhar com as marcas quando os atletas trabalham de forma independente.
“É um desafio porque não existe clube. E quando não existe clube, não existe salário, não existe a estrutura do dia a dia do atleta que é necessária. Então, cada um deles acaba se virando do jeito que pode. Uns com muita estrutura, outros com pouca estrutura. Na seleção, a gente consegue implementar um trabalho que pouco importa a posição no ranking. A gente dá a mesma estrutura para todo mundo. Claramente nós não somos patrocinadores. A nossa questão é desempenho, e fornecemos estrutura para o atleta”, disse Musa, que seguiu falando sobre o aporte recebido da Caixa.
“O aporte da Caixa foi muito importante, mas muito desafiador para montar o projeto, justamente porque cada atleta é independente. E nós tivemos que explicar pra eles que, se nós não fortalecêssemos a base, a estrutura e as entidades, esse investimento acabaria se perdendo. Hoje, o nosso contrato fala, claro, de seleção brasileira, de alto desempenho, mas também fala de ação social”, concluiu.
No comando da CBSk, o dirigente se viu em uma posição inimaginável para muitas entidades: dizer não para patrocinadores interessados.
“Nós fomos muito claros com as empresas nesse momento em que estamos criando a nossa plataforma. A gente tem o privilégio de ter um produto que caiu nas graças do público”, disse.
Clique aqui e confira a entrevista completa com Eduardo Musa para o Maquinistas.