Depois de um ano de molho sem poder praticar esportes, comecei a voltar aos poucos a praticar golfe, esporte que escolhi para o resto da minha vida.
Tenho o hábito de visitar sites de compras de equipamento. O que me chama a atenção é que não faltam opções para golfistas que não podem depender apenas de finais de semanas ou recursos financeiros para manter sua prática em dia.
Essa é uma realidade não apenas do golfe, naturalmente.
Dependendo do esporte, as barreiras são ainda maiores quando pensamos nos locais e equipamentos para a prática daquela modalidade.
Simuladores e consoles de videogame que oferecem a experiência de simulação não são coisas necessariamente novas.
Para o Xbox 360, por exemplo, já existiam aplicativos em parceria com Adidas e Nike.
A pandemia teve um papel fundamental na aceleração da adesão de aplicativos, softwares, aparelhos e acessórios para quem quer combinar o melhor dos dois mundos.
Conheça alguns exemplos abaixo:
Simuladores de Ciclismo Virtual
Para os amantes do ciclismo, simuladores como o Zwift, o Rouvy e o Peloton oferecem uma experiência imersiva. Combinando realidade virtual com treinamento em grupo, eles proporcionam rotas virtuais, competições e aulas de ciclismo que mantêm os usuários motivados e engajados.
No caso da empresa Competições Virtuais Brasileiras (CVB), a experiência se dá por meio de customização de bicicletas, uniformes, publicidade e de circuitos que existem (ou não) na vida real. A CVB conta, hoje, com experiências no ciclismo, corrida e remo.
Simuladores de Golfe
Os apaixonados por golfe podem desfrutar de uma partida virtual em casa com simuladores como o TrackMan Golf Simulator ou da empresa OptiShot. Eles proporcionam a sensação realista de estar em um campo de golfe, permitindo que você pratique tacadas e aperfeiçoe seu swing.
O mais bacana é que, em um espaço relativamente pequeno, você já tem as condições ideais para dar suas tacadas. Em um país como os EUA, onde no inverno neva em boa parte do território, um aparelhinho desse é mais do que bem-vindo por golfistas.
Simuladores de Basquete
Ao fazer essa lista, talvez o simulador HomeCourt seja um dos aplicativos mais bacanas que vi.
Usando a câmera do seu smartphone, eles rastreiam seus movimentos e fornecem feedback em tempo real, ajudando a aprimorar suas jogadas e arremessos.
O que chama a atenção aqui são as parcerias que a empresa fez com a NBA, a Nike e o filme SpaceJam.
Simuladores de Boxe
Para aqueles que gostam de esportes de combate, simuladores como o BoxVR oferecem treinamento intenso inspirado no boxe, combinando socos, esquivas e movimentos aeróbicos para um exercício completo e divertido.
O jogo está disponível em plataformas como PlayStation e Steam (para PC) e necessita de óculos de realidade virtual e outros acessórios para jogar.
Simuladores de Esportes de Neve
Mesmo os esportes de inverno têm suas versões virtuais. Empresas como a SkiMachine permitem que você esquie ou pratique snowboard em pistas desafiadoras, recriando a emoção das montanhas cobertas de neve.
Pasmem: já se trata de algo que você pode fazer em casa, dependendo, claro, do espaço que você tem.
Simuladores de Ioga e Pilates
Se você está buscando atividades mais tranquilas, aplicativos como o Glo oferecem aulas virtuais de ioga, pilates e meditação. Eles garantem que você continue trabalhando na sua flexibilidade e equilíbrio sem sair de casa.
Alguma grande novidade aqui? Não exatamente. O modelo de negócio passa por aulas em vídeos, aplicativos e coisas que já vimos antes.
Quem ganha a batalha?
Sou suspeito para falar, já que, desde o meu primeiro artigo aqui na Máquina do Esporte, defendo a união dos mundos virtual e real, dos games e dos esportes.
Nesse artigo, não poderia ser diferente.
Ao proporcionar uma experiência (ainda que de forma virtualizada) daquela modalidade esportiva, você aumenta as possibilidades de engajamento do seu público, da descoberta do esporte e das sensações e benefícios que ele proporciona.
A tecnologia ajuda a reduzir custos, distâncias e, inclusive, barreiras sociais.
Para mim, não é exagero pensar que, muito em breve, a sala de casa terá um protagonismo cada vez maior na cena competitiva dos esportes em todo o mundo.
Alessandro Sassaroli é diretor comercial de gaming na Webedia Brasil e escreve mensalmente na Máquina do Esporte