Para quem não assistiu, recomendo assistir à série documental sobre David Beckham na Netflix. Quem gosta de esporte adorará rever jogadas, títulos e relembrar momentos polêmicos que marcaram o futebol no final dos anos 1990, início dos anos 2000. Quem não é necessariamente fã, também terá entretenimento garantido e levará lições interessantes de superação, relacionamentos humanos e a importância do apoio familiar nos desafios que encontramos na vida.
A série me inspirou de várias formas e confirmou a minha crença de que o MIBR, organização de esportes eletrônicos que hoje lidero, está evoluindo no caminho certo.
Beckham foi descoberto por Alex Ferguson, treinador do Manchester United por 27 anos, aos 13 anos de idade. Aos 17, jogou seu primeiro jogo pelo time principal. Sim, o Manchester United acreditou e investiu no jovem talento que nasceu em Leytonstone, no Reino Unido, e acabou por trazer para o time 12 títulos, além de visibilidade e, consequentemente, aumento de receita.
Apesar de todas as polêmicas, na minha opinião, Alex Ferguson foi um grande líder para Beckham e seus companheiros. Com uma cultura de treinamento rígida e sem diferenças, o treinador fez do Manchester United uma família na época e preparou os seus jogadores para a vida. Foi esse espírito que fez o time se manter unido e superar adversidades, como a de ter a torcida inglesa inteira vaiando o seu principal jogador, o próprio Beckham, durante um ano.
Do outro lado, a família de Beckham, incluindo os pais e a esposa, tiveram um papel essencial no seu sucesso e nas suas superações. Sempre presentes, os familiares traziam “a paz e a força que ele precisava nos momentos mais difíceis”, segundo ele mesmo.
Quem vê a história contada pelos jornais e revistas, só vê o glamour de alguém que foi uma celebridade dentro e fora dos gramados. Mas os sacrifícios, os desafios e a resiliência para alcançar esse sucesso dificilmente são vistos ou mencionados. E são enormes, para o atleta e toda a família. A série mostra isso de uma forma leve e que prende a atenção. Vale a pena assistir.
E viva os nossos atletas, que trabalham, se dedicam e nos trazem tantos motivos para comemorar.
Roberta Coelho é CEO da equipe de e-Sports MIBR e escreve mensalmente na Máquina do Esporte