O relatório anual “Digital Trends”, da IMG, sobre as tendências digitais no esporte para 2024, aponta a necessidade de um maior investimento em tecnologia para melhorar a experiência nos estádios e continuar atraindo torcedores diante de uma vasta e cada vez mais atrativa concorrência de opções de entretenimento em casa.
O termo “estádio inteligente” está popularizando-se diante do crescimento de tecnologias que aprimoram a experiência dos torcedores e agregam valor para os donos dos estádios. Uma melhor conectividade nos estádios e tecnologias mais baratas estão impulsionando o uso de ferramentas que mantenham os torcedores perfeitamente conectados durante jogos e eventos. Os chamados estádios inteligentes oferecem diversos benefícios, incluindo uma melhor experiência dos torcedores, redução dos custos operacionais, aumento de receitas e estabelecimento de conexões mais profundas com os fãs.
No entanto faz-se necessário o investimento na infraestrutura tecnológica adequada, incluindo armazenamento de dados e sistema de relacionamento com o cliente (CRM), além da adoção de uma estratégia sólida de engajamento dos torcedores. Só assim seria possível que grandes volumes de dados recolhidos tenham realmente uma utilidade. Essa soma de fatores permitirá não somente uma gestão de equipamentos muito mais eficiente, mas também melhorará a jornada do torcedor nos dias de jogos por meio de experiências muito mais personalizadas e significativas.
O relatório destaca duas iniciativas recentes como exemplos positivos. Uma é o superaplicativo do Levi’s Stadium, casa do time de futebol americano San Francisco 49ers, da NFL, que permite ao torcedor fazer de tudo, desde localizar o seu carro no estacionamento até a compra de bebidas e comidas, passando por replays das melhores jogadas e suporte para encontrar a melhor maneira de chegar ao estádio. A outra iniciativa que ganhou destaque foi o Tottenham Stadium, do Tottenham, da Premier League, que se tornou o primeiro estádio 100% cashless (sem dinheiro) do Reino Unido.
Os estádios não são mais somente instalações frias onde acontecem os jogos. Devem ser considerados edifícios vivos e vibrantes, onde experiências positivas e prazerosas devem ser vivenciadas, atendendo os desejos e necessidades de diferentes tipos de públicos. O avanço tecnológico agora permite um conhecimento profundo dos torcedores, a criação de experiências melhores e mais individualizadas, o aumento da geração de receitas e a diminuição dos custos operacionais dos estádios.
Em 2024, pode ter certeza de que o estádio do seu clube será mais inteligente do que nunca.
Romulo Macedo é chefe de operações de mídia da Copa América 2024 e escreve mensalmente na Máquina do Esporte