Apenas uma breve pausa na interminável discussão sobre o bate-boca entre Lionel Messi e o brasileiro Rodrygo no clássico do Maracanã, que rende bastante há quase dez dias
Se você é apaixonado por futebol e ainda não escolheu o seu presente de Natal, aqui vai uma dica para a cartinha para o Papai Noel: que tal uma camisa usada pelo astro argentino na conquista da Copa do Mundo do Catar 2022?
O camisa 10 dos hermanos, oito vezes eleito “Melhor Jogador do Mundo”, cedeu seis camisas usadas na campanha do tricampeonato mundial para a Sotheby’s, tradicional casa de leilões de Nova York (EUA), entre elas a usada na final, na vitória sobre a França por 4 a 2 na disputa de pênaltis (após 3 a 3 no tempo normal e empate em 1 a 1 na prorrogação). Todas irão a leilão.
O lote de camisas foi liberado nesta quinta-feira (30) e poderá receber lances de colecionadores e fãs de futebol de todo o mundo até 14 de dezembro. Fazem parte do lote as camisas que o capitão usou no Catar nos primeiros tempos das partidas da fase de grupos contra Arábia Saudita e México, além das que vestiu contra Austrália, Holanda, Croácia e na decisão contra os franceses.
Esse é um daqueles leilões que acontecem muito de vez em quando. E é nessas horas que as mãos dos malucos por memorabília esportiva coçam.
A expectativa é que a venda supere a casa dos US$ 10 milhões (mais de R$ 51 milhões). O recorde de memorabília esportiva mais cara vendida até hoje é da camisa 23 do Chicago Bulls, de Michael Jordan, usada nas Finais de 1998 da NBA, arrematada à época por US$ 10,1 milhões. E não vai ser surpresa se esse lote chegar a US$ 60 milhões, US$ 70 milhões, até US$ 80 milhões.
No futebol, uma certa camisa 10 da Argentina ainda é o item com valor mais alto até hoje: a peça do icônico gol da “Mão de Deus”, de Diego Armando Maradona, contra a Inglaterra no Mundial de 1986, chegou a US$ 9,3 milhões em maio do ano passado.
Agora, vamos lá: quanto você pagaria por esse lote? Quanto você estaria disposto a desembolsar por um lote como esse? Se tivesse uma conta bancária gorda o suficiente para brincar nesse leilão, quanto jogaria na mesa para arrematar?
Vale lembrar que são seis itens únicos, cada um com a sua história, e que juntos valem ainda mais (e o lote valeria ainda mais se contasse também com a camisa do jogo contra a Polônia).
Um item único vem “embalado” por três tipos de valores: o financeiro, claro, o sentimental e o histórico. As camisas usadas por “La Pulga” são itens históricos, de um capítulo importante do futebol dos hermanos e do futebol sul-americano.
Torna-se difícil avaliar os US$ 10 milhões estimados, mas é fácil entender que peças de alguém como Messi, que se tornaram importantes e únicas por conta do feito no Estádio Lusail, em Doha, alcancem esse status.
Será que Messi vai superar o “Goat” do basquete com o lance mais alto da história?
Bom, agora podem voltar a falar sobre a discussão do ET com Rodrygo.
E por falar em basquete…
Outro leilão que está em andamento e deve ter uma reta final frenética de lances é a do último uniforme usado por Kobe Bryant em um jogo fora de casa, contra o Oklahoma City Thunder. A SCP Auctions espera arrecadar mais de US$ 500 mil (mais de R$ 2,5 milhões) com a camisa e o short, além de mais de US$ 100 mil com o par de tênis (cerca de R$ 510 mil). O leilão terminará no próximo sábado (2).
“Trato Feito” à brasileira
Fãs do programa “Trato Feito”, exibido no History Channel, ganharão mais motivos para não desgrudar do canal. No dia 22 de janeiro, às 22h10, estreará “Aberto para Compras”, programa inspirado no sucesso americano (que se passa em uma loja de penhores de Las Vegas com interações de compra e venda de itens diversos).
A novidade reunirá três antiquaristas (Sérgio Longo Júnior, Luciana Coutinho e Cláudio Claudino) em uma busca itinerante por preciosidades e objetos valiosos. Ao longo dos episódios, especialistas auxiliarão na avaliação e identificação da história de cada um dos itens trazidos pelas pessoas. Boas histórias garantidas, com certeza.
Samy Vaisman é jornalista, sócio-diretor da MPC Rio Comunicação (@mpcriocom), cofundador da Memorabília do Esporte (@memorabiliadoesporte) e escreve mensalmente na Máquina do Esporte