Antes de mais nada faço questão de iniciar meu primeiro texto citando a alegria e satisfação em ter sido convidado pelo Erich Beting e George Rodriguez para ser um dos colunistas da Máquina do Esporte. A Máquina certamente foi um dos canais que mais me incentivou e fez com que me apaixonasse por gestão esportiva. Lembro dos meus tempos de faculdade que eu assinava as revistas da ME e ficava ansioso esperando a chegada das próximas edições.
No meu primeiro texto, vou abordar o tema de capacitação e entrada no mercado esportivo, afinal vejo muitas pessoas com o sonho de trabalhar no segmento. No meu Instagram, recebo quase todos os dias mensagens de jovens que sonham iniciar a carreira já no esporte e até mesmo pessoas mais velhas que estão insatisfeitas com suas atividades e visam um reposicionamento de carreira. Sempre falei para os meus alunos que trabalhar com gestão esportiva é fácil, difícil é ser bem remunerado. Muitos sonham ser head de marketing de um grande clube, mas pouquíssimos estão dispostos a liderar um projeto num time pequeno que está precisando de ajuda, que sequer tem um departamento de marketing e receberia de braços abertos o trabalho voluntário de um ou mais profissionais. Na linguagem do futebol seria como um jogador querer jogar no profissional com o Maracanã lotado, sem se quer ter feito base. Tenho convicção que você que está lendo esse texto, pode e tem tudo para montar um projeto de marketing para um time/clube pequeno, não necessariamente de futebol, qualquer esporte, envolvendo diversas variáveis que o mercado busca.
– Captacão de patrocínio e ativação de marcas.
– Branding
– Gestão de Influenciadores
– Relacionamento
– Potencialização dos canais digitais
– Projeto Social
– Dentre outras variáveis envolvendo aspectos financeiros e jurídicos.
Envelopar tudo isso com um conceito e um propósito, bater a porta desse clube eles irão te receber de braços abertos. Irão te remunerar? Jamais. Mas você tem grandes chances de sair de lá com uma autorização para levar o projeto ao mercado e se der certo ter uma % de comissionamento.
Nesse projeto se você for capaz de apresentar que cada centavo investido pela empresa terá retorno através de visibilidade e principalmente na geração de negócios e clientes de acordo com o produto e/ou serviço do parceiro. Suas chances aumentam consideravelmente. (Irei aprofundar esse tema de elaboração de projetos numa outra coluna).
Agora a pergunta mais importante é: Você está capacitado para montar tal projeto? Você tem conhecimento de todas as valências que são fundamentais para se montar um projeto esportivo? Quanto você já estudou e se preparou para ter convicção que o seu projeto tem relevância? Quantos cursos e quem do mercado você ouviu para que o gestor desse clube tenha minimamente a confiança que o que está apresentando tem sustentação?
Capacitação é o caminho. Muitos querem entrar no mercado, mas nunca pararam para estudar. A distância não é mais problema, visto que a pandemia acelerou o processo de digitalização de conteúdos. Diversos eventos gratuitos ou até mesmo pagos estão disponíveis para absorção de conhecimento. A hora de parar e se capacitar é agora. O mercado de fato é muito concorrido, mas sempre que eu abro uma oportunidade de trabalho umas das primeiras premissas que vem a cabeça é a frase que ganhou fama entre os boleiros. “Jogou aonde?”. E um projeto esportivo mesmo que de forma voluntária é um selo de autenticidade e tanto nessa disputa parelha por determinada cadeira. Boa sorte!