O final do ano está chegando, e empresas de todas as áreas já começaram a pensar na preparação para 2023. Com o marketing esportivo, não é diferente. Nós, do Grupo End to End, sempre estamos atentos ao que acontece no Brasil e no exterior em vários esportes. O objetivo é não só termos novas inspirações, como também percebermos qual caminho o engajamento do fã está trilhando. Por isso, gostaria de compartilhar com vocês alguns insights que encontrei dos mais renomados especialistas do ramo sobre as tendências do marketing esportivo para a próxima década. Vamos nessa?
A era dos dados. Quem detém os naming rights de um estádio de futebol não quer somente aparecer nas transmissões de TV e fotos dos torcedores. A ideia agora é poder ter acesso à base de fãs do time, preenchendo uma lacuna enorme entre reconhecimento de marca (brand awareness) e conversão. Isso permite a criação de parcerias melhores e mais impactantes, gerando receita para as empresas e satisfação para o consumidor.
Streaming. Uma das maneiras de obter esses dados é com assinaturas de transmissões on-line. Hoje, para assistir ao esporte favorito ou todas as competições do clube do coração, é necessário assinar várias plataformas de streaming. Essas informações coletadas podem não só ajudar a aproximar os torcedores da ação do jogo, como também atrair novos públicos, sendo comercialmente benéfico.
Propósito e storytelling. Falando em negócios, o número de campanhas voltadas a algum propósito vem aumentando bastante. Isso cria uma conexão emocional com o consumidor, especialmente quando ele faz parte das gerações Y (Millenials) e Z. Além disso, também abre espaço para o storytelling, com o conteúdo impulsionando uma integração entre fãs e marcas.
Conversas mais longas. Essa interação não precisa ser necessariamente rápida. Os fãs já estão se integrando por meio de tecnologias como o metaverso, por exemplo. O desafio agora é como criar conteúdo para nos sentirmos mais interligados ainda, com conversas mais longas e humanas, dentro e fora dos estádios.
Mais ação entre apitos. Todos esses exemplos acima só são possíveis por conta da democratização do acesso à internet. E esse acesso permite aos clubes interagirem com os fãs com muito conteúdo, principalmente entre um jogo e outro, levando a informação para qualquer lugar e pessoa, independentemente da idade.
Marketing para quem? Falando em idade, precisamos parar de focar somente no jovem que joga videogame e lembrar que existe todo tipo de público. O metaverso não é a resposta para todo briefing. Lembre-se: o impacto é mais importante do que o alcance.
Esse último exemplo é um ponto que sempre repito nas minhas reuniões: os clubes brasileiros falam muito bem com sua torcida, mas não com seu torcedor. É preciso individualizar a comunicação. Como? Realizando parcerias, coletando dados, estudando as informações, entendendo o público-alvo, produzindo conteúdo todos os dias, tudo com muito propósito. Só assim o consumidor entenderá que ele é o bem mais valioso para seu time do coração.
E você, quais tendências do marketing esportivo enxerga para a próxima década?
Até a próxima!
Reginaldo Diniz é cofundador e CEO do Grupo End to End e escreve mensalmente na Máquina do Esporte