Confesso que sou um caçador de PDFs.
Gosto de pesquisar sobre estudos e análises setoriais, em especial aquelas produzidas por empresas de consultorias e centros de excelência acadêmica mundo afora.
Invariavelmente, a sensação é a mesma. Os exemplos e tendências para o futuro são muito mais um exercício de ficção científica do que algo a ser colocado em prática, em especial em mercados como o nosso, que não contam com os mesmos artifícios de desenvolvimento que os mercados americano, europeu ou árabe, por exemplo.
Meu presente de ano novo, então, fica por conta de algumas tendências para o presente do esporte brasileiro.
Coisas de fácil implementação e que podem gerar uma nova experiência para o consumidor final.
Faça uma transmissão esportiva multicam por US$ 1 mil
Eu já vi a Mevo ao vivo, e ela realmente impressiona. Pelo valor citado no título, você compra o pacote de três câmeras e é aí que tudo fica mais divertido.
Tudo é operado de um tablet ou celular. E, é claro, inteligência artificial (IA) para fazer a mágica toda acontecer.
Em ambientes fechados como arenas e ginásios, o efeito das três câmeras tende a ser ainda melhor, ao oferecer pontos de vista diferenciados da mesma disputa.
Veja abaixo o exemplo de uma transmissão de softball e baseball feita por um cliente da marca:
Um drone de US$ 300 já pode fazer muito pelo seu esporte
O exemplo escolhido aqui é o DJI Mini 2, uma das opções mais compradas na Amazon americana.
Quanto melhor a experiência proporcionada para o consumidor do seu conteúdo, maior a chance dele voltar para ver de novo.
O uso do drone traz, sem dúvida, um ponto de vista que, até outro dia, conseguia-se apenas com equipamentos caros e helicópteros.
Os resultados do uso do drone no mundo esportivo não são poucos: produção de conteúdo, broadcasting, análise tática e estatística, revisão de faltas, penalidades e outras situações previstas em regras, suporte ao usuário, limpeza, segurança, trânsito e muito mais.
A empresa israelense que revolucionou a transmissão esportiva
A Pixellot tem uma câmera específica para o mundo dos esportes. Junto, oferece uma assinatura que permite aos usuários usar um mundo de informações e serviços para enriquecer a experiência de broadcasting.
O equipamento custa US$ 849, e a assinatura mensal dos serviços sai a partir de US$ 69. Conheça outros produtos e soluções no site oficial da empresa.
Não existe resposta simplista para nada nessa vida, em especial para o nosso esporte. Mas tenho para mim que o caminho para recuperar audiências (e consequentemente negócios) passa por uma experiência melhor de conteúdo. Os exemplos que vi da Pixellot podem ajudar a tornar um “jogo qualquer do interior do Brasil” em uma experiência única e inesperada para aquele mercado.
A experiência esportiva é por natureza midiática. São décadas de cultura de consumo por jornal, rádio, TV, revista e internet.
Toda essa experiência rapidamente se acelerou com acesso a dados e inteligência artificial.
Produzir conteúdo hoje é quase uma commodity, graças ao que plataformas como TikTok e YouTube fizeram.
Esse cenário torna-se ainda mais excitante quando vemos as opções de produção que existem por aí. Hoje em dia, se faz tudo, literalmente, de um celular.
Gosto de pensar que aqui, em terras verde e amarelas, será o futebol que tirará o melhor proveito disso, mas uma infinidade de esportes podem, a partir de clubes, centros de treinamentos e espaços esportivos por todo o Brasil, gerar conteúdo cativante e diferenciado para quem já pratica aquela modalidade ou, a partir disso, possa ter interesse em dar os primeiros passos nesse novo mundo.
Como seu esporte está surpreendendo sua audiência hoje em dia?
Alessandro Sassaroli é diretor comercial de gaming na Webedia Brasil e escreve mensalmente na Máquina do Esporte