Tem algo diferente acontecendo.
Mais gente ao ar livre.
Mais busca por rotina saudável.
Mais preocupação com o sono, com a mente, com o corpo — e com o todo.
O que antes era chamado de “tendência” virou comportamento.
E o que parecia nicho, hoje move um mercado bilionário.
O wellness — ou bem-estar — já movimenta mais de US$ 5 trilhões no mundo, e deve ultrapassar a marca dos US$ 7 trilhões até o final deste ano, segundo o Global Wellness Institute.
No Brasil, somos o 4º maior mercado de wellness do mundo, com uma população cada vez mais consciente da importância de cuidar da saúde física e mental.
E se bem-estar é equilíbrio, saúde e presença, o esporte é, cada vez mais, o território natural onde tudo isso se encontra.
Durante muito tempo, o esporte foi sinônimo de competição.
Mas hoje, ele é também alívio.
É respiração. É pausa.
É autocuidado, prevenção e conexão com o corpo.
Segundo a OMS, o sedentarismo é uma das maiores causas de doenças crônicas — e o simples ato de se mover pode reduzir o risco de depressão em até 30%.
Em um mundo exausto, o movimento virou remédio.
E o esporte, uma das formas mais completas de promover saúde — física, mental e social.
Por isso, não é exagero dizer: o wellness passa pelo esporte.
E as marcas que enxergarem isso cedo estarão à frente.
O bem-estar não acontece sozinho.
Ele nasce na rotina, cresce nos rituais e se fortalece nas conexões.
E onde há comunidade, há esporte.
Na corrida do fim do dia.
No jogo da várzea.
Na aula coletiva, no treino funcional, no futebol com os amigos.
Esporte é pertencimento. É vínculo. É vida em movimento.
É por isso que clubes, marcas e atletas têm uma oportunidade enorme de se posicionar além da performance — como parceiros de jornada. Parceiros de bem-estar.
O interesse por saúde e autocuidado também se reflete nas buscas: segundo o Google Trends, termos ligados a bem-estar superaram os relacionados à estética em 2024 no Brasil.
E mais: segundo um estudo da NielsenIQ, 74% dos consumidores esperam que as marcas contribuam ativamente para melhorar sua qualidade de vida — um dado que reforça como o bem-estar deixou de ser diferencial e passou a ser expectativa.
Nesse cenário, o esporte se torna mais do que um canal de mídia.
Ele vira plataforma de conversa, cultura e impacto.
Marcas que associam sua presença no esporte à promoção do bem-estar não vendem só produtos ou serviços.
Elas criam experiências.
Constroem relacionamento.
Se tornam lembradas por fazerem parte da rotina de quem busca viver melhor.
Para o esporte, o wellness abre uma nova avenida: mais diversa, mais inclusiva, mais conectada com o que as pessoas realmente valorizam.
Para marcas e patrocinadores, é o momento de sair do discurso — e entrar em campo com propósito.
Porque o futuro do esporte — e das marcas que se conectam com ele — não está só na visibilidade.
Está no valor que se constrói.
No cuidado que se entrega.
E na comunidade que se forma.
Liana Bazanela é cofundadora da Hoc Sports
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