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Wellness em movimento: O esporte como protagonista do novo bem-estar

Tem mais gente ao ar livre preocupado com o sono, a mente e o corpo; e o que parecia nicho, hoje move um mercado bilionário

Grupo de corredores treina na orla do Rio de Janeiro - Joana Baumgarten / Divulgação

Grupo de corredores treina na orla do Rio de Janeiro (RJ) - Joana Baumgarten / Divulgação

Tem algo diferente acontecendo.

Mais gente ao ar livre.

Mais busca por rotina saudável.

Mais preocupação com o sono, com a mente, com o corpo — e com o todo.

O que antes era chamado de “tendência” virou comportamento.

E o que parecia nicho, hoje move um mercado bilionário.

O wellness — ou bem-estar — já movimenta mais de US$ 5 trilhões no mundo, e deve ultrapassar a marca dos US$ 7 trilhões até o final deste ano, segundo o Global Wellness Institute.

No Brasil, somos o 4º maior mercado de wellness do mundo, com uma população cada vez mais consciente da importância de cuidar da saúde física e mental.

E se bem-estar é equilíbrio, saúde e presença, o esporte é, cada vez mais, o território natural onde tudo isso se encontra.

Durante muito tempo, o esporte foi sinônimo de competição.

Mas hoje, ele é também alívio.

É respiração. É pausa.

É autocuidado, prevenção e conexão com o corpo.

Segundo a OMS, o sedentarismo é uma das maiores causas de doenças crônicas — e o simples ato de se mover pode reduzir o risco de depressão em até 30%.

Em um mundo exausto, o movimento virou remédio.

E o esporte, uma das formas mais completas de promover saúde — física, mental e social.

Por isso, não é exagero dizer: o wellness passa pelo esporte.

E as marcas que enxergarem isso cedo estarão à frente.

O bem-estar não acontece sozinho.

Ele nasce na rotina, cresce nos rituais e se fortalece nas conexões.

E onde há comunidade, há esporte.

Na corrida do fim do dia.

No jogo da várzea.

Na aula coletiva, no treino funcional, no futebol com os amigos.

Esporte é pertencimento. É vínculo. É vida em movimento.

É por isso que clubes, marcas e atletas têm uma oportunidade enorme de se posicionar além da performance — como parceiros de jornada. Parceiros de bem-estar.

O interesse por saúde e autocuidado também se reflete nas buscas: segundo o Google Trends, termos ligados a bem-estar superaram os relacionados à estética em 2024 no Brasil.

E mais: segundo um estudo da NielsenIQ, 74% dos consumidores esperam que as marcas contribuam ativamente para melhorar sua qualidade de vida — um dado que reforça como o bem-estar deixou de ser diferencial e passou a ser expectativa.

Nesse cenário, o esporte se torna mais do que um canal de mídia.

Ele vira plataforma de conversa, cultura e impacto.

Marcas que associam sua presença no esporte à promoção do bem-estar não vendem só produtos ou serviços.

Elas criam experiências.

Constroem relacionamento.

Se tornam lembradas por fazerem parte da rotina de quem busca viver melhor.

Para o esporte, o wellness abre uma nova avenida: mais diversa, mais inclusiva, mais conectada com o que as pessoas realmente valorizam.

Para marcas e patrocinadores, é o momento de sair do discurso — e entrar em campo com propósito.

Porque o futuro do esporte — e das marcas que se conectam com ele — não está só na visibilidade.

Está no valor que se constrói.

No cuidado que se entrega.

E na comunidade que se forma.

Liana Bazanela é cofundadora da Hoc Sports

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