Anatel determina bloqueio de mais de 2 mil sites de apostas ilegais a partir desta sexta (11)

Carlos Manuel Baigorri (centro), presidente da Anatel, durante coletiva de imprensa - Diogo Zacarias/MF

Carlos Manuel Baigorri (centro), presidente da Anatel, durante coletiva de imprensa - Diogo Zacarias/MF

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) já recebeu da Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA) do Ministério da Fazenda uma “lista negativa” com 2.040 sites de apostas que se tornarão ilegais no Brasil a partir desta sexta-feira (11).

Com a relação em mãos, a Anatel irá notificar cerca de 20 mil operadoras de telecomunicações, que prestam serviço de acesso à internet no Brasil, para iniciar o bloqueio dos sites dessas empresas.

“Temos empresas muito grandes como a Vivo, a Claro e a TIM, que têm estruturas mais robustas, que rapidamente poderão fazer o bloqueio. Mas também temos empresas pequenas,  do interior do Brasil, que muitas vezes prestam serviço em um município ou bairro,  que podem demorar mais tempo para fazer esse bloqueio”, contou Carlos Manuel Baigorri, presidente da Anatel, durante coletiva de imprensa em Brasília.

“A grande maioria dos usuários estão concentrados numa pequena quantidade de empresas. Então, estamos focando nessas empresas para garantir que o efeito do bloqueio seja alcançado o mais rápido possível, provavelmente amanhã [sexta-feira], no mais tardar, ao longo do fim de semana”, afirma Baigorri.

Apostadores

O Ministério da Fazenda alerta os apostadores brasileiros a retirarem até esta quinta-feira (10) todo seu saldo nas contas que possuem em empresas que não constam da lista elaborada pela pasta.

“No Brasil existe um negócio chamado contrato de depósito e é dever dessas empresas, que têm dinheiro depositado, disponibilizarem esse dinheiro”, aponta Regis Dudena, secretário de Prêmios e Apostas do Ministério da Fazenda.

“Caso isso não aconteça, é um caso a ser levado aos órgãos de defesa do consumidor e à polícia”, acrescentou o secretário.

Marketing

A SPA divulgou no último dia 2 uma lista com as operadoras de apostas autorizadas a explorar o mercado brasileiro durante o período de transição, que vai até 1º de janeiro de 2025, quando o país terá finalizado a regulamentação do setor.

A relação passou por duas atualizações, a última delas na noite de terça-feira (8), que incluiu a Stake, patrocinadora máster do Juventude, que disputa a Série A do Brasileirão. No entanto, permanecem ausentes da lista do governo federal marcas com grandes investimentos no futebol, como Esportes da Sorte e Reals.

A Esportes da Sorte conseguiu apenas uma autorização da Loterj para atuar no Rio de Janeiro. Apesar disso, estará proibida de aceitar apostas de brasileiros e fazer investimento em publicidade e marketing a partir desta sexta-feira.

A empresa é patrocinadora máster de Corinthians, Bahia, Náutico, Ceará, Santa Cruz e ABC. Também investe no time feminino do Palmeiras e é parceira comercial do Grêmio.

O Athletico, outro clube que expunha o logotipo da empresa no espaço nobre da camisa, decidiu retirar a marca do uniforme desde a última rodada do Brasileirão. No sábado passado (5), na derrota para o Botafogo, por 1 a 0, em Curitiba, o Furacão atuou sem o Esportes da Sorte na vestimenta.

Já a Reals vive situação parecida. Patrocinadora principal de Coritiba e Amazonas, ambos da Série B do Brasileirão, a casa de apostas deve perder a visibilidade no uniforme de ambas as equipes, que por coincidência, se enfrentam no próximo domingo (13), no estádio Couto Pereira, em Curitiba.

O time paranaense irá estrear seu terceiro uniforme da temporada na partida de domingo. Segundo a Máquina do Esporte apurou, a Diadora, fornecedora de material esportivo do clube, preparou versão da nova camisa com e sem a logomarca da Reals. A expectativa é que o time, assim como o arquirrival Athletico na semana passada, também atue com a camisa limpa.

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