O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, foi denunciado pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), por uma suposta participação em um esquema de fraude esportiva e estelionato, por conta do cartão amarelo sofrido na partida contra o Santos, válida pelo 2º turno da Série A do Brasileirão e realizada em novembro de 2023.
As vítimas, no caso, seriam casas de apostas, que teriam sido prejudicadas pelo suposto esquema. Segundo a denúncia do MPDFT, Bruno Henrique teria praticado “deliberadamente atos para ser punido desportivamente com o cartão durante partida disputada contra o Santos”.
O jogador acabou sendo expulso do jogo, que foi disputado na Arena BRB Mané Garrincha, em Brasília (DF).
Entenda o caso
Em abril deste ano, Bruno Henrique foi indiciado pela Polícia Federal (PF), sob suspeita de participar de um suposto esquema de manipulação de apostas esportivas.
A Operação Spot-fixing concluiu que o atleta teria forçado um cartão amarelo durante a partida contra o Santos, realizada em 1º de novembro de 2023, na Arena BRB Mané Garrincha, em Brasília (DF).
A PF constatou que familiares de Bruno Henrique teriam criado contas em sites na véspera do jogo e apostado que o jogador receberia cartão amarelo, fato que se concretizou. Ele foi advertido por uma falta e depois expulso por ofender o árbitro.
A Máquina do Esporte apurou que o comportamento do atleta nesse jogo foi detectado no monitoramento de integridade esportiva contratado pela Federação Internacional de Futebol (Fifa), que abrange os principais campeonatos nacionais do mundo, incluindo as Séries A e B do Brasileirão.
O monitoramento é feito pela Sportradar, que compartilha os dados com a entidade e também com a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a PF.
A denúncia
Além de Bruno Henrique, o MPDFT denunciou à Justiça do Distrito Federal outras oito pessoas, entre amigos e familiares do atleta, incluindo Wander Nunes Pinto Junior, irmão do atacante.
Caso o jogador do Flamengo seja condenado, a pena pode chegar a 17 anos e 8 meses de prisão. O Ministério Público também pede ainda uma multa de R$ 2 milhões a ser paga por Bruno Henrique, como reparação por danos morais coletivos.
A denúncia ainda será analisada pela Justiça do Distrito Federal, que pode ou não acatar o pedido. O caso tramita na 7ª Vara Criminal de Brasília.