Patrocínio a clubes de futebol alavanca marcas de apostas no mercado brasileiro

Patrocinadora máster do Atlético-MG, Betano foi a líder de acessos entre os sites de apostas no Brasil em setembro - Reprodução / X (@Atletico)

Patrocinar grandes clubes do futebol brasileiro é uma estratégia eficaz para conquistar novos apostadores no mercado. Essa é a conclusão de um estudo do Aposta Legal Brasil, site especializado no universo dos jogos e apostas esportivas.

Para chegar a essa conclusão, o site utilizou a ferramenta Casas de Apostas Populares para montar a lista das 10 marcas de apostas mais acessadas no Brasil em setembro. Entre elas, apenas três não focam suas estratégias em patrocínios a clubes ou competições de futebol no país (Bet365, Brazino777 e 7Games).

Na liderança, ficou a Betano (patrocinadora máster do Atlético-MG e também dona dos naming rights do Brasileirão e da Copa do Brasil). Em segundo lugar, aparece o Esportes da Sorte (patrocinador máster de Bahia, Ceará e Corinthians, além de aparecer no esterno da camisa do Grêmio). O pódio fica completo com a Superbet (patrocinadora máster de Fluminense e São Paulo). Betnacional, Bet7k, EstrelaBet e Sportingbet (cujo foco atual é ser parceira da Conmebol Libertadores e da Conmebol Sul-Americana) também compõem a lista.

Top 10 dos sites de apostas mais acessados no Brasil em setembro teve a Betano na liderança – Divulgação / Aposta Legal Brasil

De acordo com o Aposta Legal Brasil, um caso emblemático é o do Esportes da Sorte. Segundo o levantamento da empresa, o site da empresa contabilizava 16 milhões de visitas mensais em junho, antes do anúncio do acordo de patrocínio máster com o Corinthians, clube que possui a segunda maior torcida do país.

No mês seguinte, com o início da exposição junto ao clube, esse número disparou para mais de 62 milhões, um aumento de 468,75%. Em setembro, ultrapassou a marca de 91 milhões de acessos, ficando atrás apenas da Betano.

Vale considerar, porém, que as polêmicas em torno do Esportes da Sorte também ajudaram a alavancar esse número. A empresa chegou a ter seu dono preso justamente no início de setembro e, depois, foi uma das que não entrou na lista de marcas de apostas autorizadas a atuar no Brasil feita pela Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA), do Ministério da Fazenda (MF).

A empresa só conseguiu entrar na lista na última atualização feita pelo Governo Federal, em 16 de outubro, após uma decisão judicial para obter a licença para operar no país.

Exceções

Talvez a principal exceção à lógica de que patrocinar clubes brasileiros funciona como uma alavanca para o crescimento seja a Pixbet, ao menos em setembro. A marca não figurou no Top 10 do mês passado, mesmo tendo o Flamengo, dono da maior torcida do país, como vitrine no futebol nacional.

Outra que não aparece na lista é a Blaze, patrocinadora máster do Santos, que está com uma visibilidade menor em 2024 pelo fato de disputar a Série B do Brasileirão e não ter participado nem da Copa do Brasil nem de nenhuma competição internacional.

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