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Stake prepara ativações com Juventude e GP São Paulo de Fórmula 1 para 2025

Casa de apostas terá ações para se aproximar dos torcedores do clube, que disputa Série A do Brasileirão nesta temporada

Stake planeja ativações com o Juventude para 2025 - Fernando Alves / Juventude

A Stake deve estar presente em diversas ativações no universo esportivo em 2025. A casa de apostas planeja utilizar seus patrocínios ao Juventude e à Fórmula 1 para realizar iniciativas de posicionamento de marca e aproximação a clientes.

A casa de apostas se tornou patrocinadora máster do Juventude em 2024, ano em que o clube retornou à primeira divisão do Brasileirão. O contrato seguirá válido pelo menos até o final desta temporada.

Em entrevista para a Máquina do Esporte durante o BIS Sigma Summit Américas 2025, Thomas Carvalhaes, diretor da Stake no Brasil, contou que a empresa trabalhará ativações focadas no torcedor do Juventude. Uma delas será focada no futebol feminino.

“A nível de ativações, já estamos conversando diretamente com o departamento de marketing do clube e com a agência que nos faz o intermédio lá, para ativações já esse ano, durante o Brasileirão”, disse.

“Ainda são surpresas, porque estamos para a torcida, para ativar a marca da Stake para com a torcida. Mas algo que eu posso te adiantar, que vai acontecer muito em breve, é uma ativação muito interessante, levando em conta o momento social no Brasil e a valorização crescente do esporte feminino, do futebol feminino”, acrescentou.

Mais do que conseguir novos jogadores, a Stake busca evoluir seu posicionamento de marca a partir dos patrocínios no esporte. Além do Juventude, a marca também tem acordos com UFC e Fórmula 1, entre outros.

“Não procuramos usuários, procuramos fãs, pessoas que gostam da marca, se identificam com a marca e querem jogar com isso. Se uma pessoa quer jogar numa outra casa, ela vai jogar, não adianta”, avaliou.

O Brasil é o segundo maior mercado para a Stake, atrás apenas dos Estados Unidos. Na América do Sul, a marca também possui licença para atuar na Colômbia e no Peru, onde patrocina o Melgar, que disputa a Copa Sul-Americana 2025. O impacto da empresa no mercado brasileiro aumentou com a parceria com o Juventude.

“Vimos na operação do .com, antes do mercado fazer a transição para o .bet.br [domínios utilizados antes e depois da regulamentação, respectivamente], quando começou a ativação, especialmente no Eixo Sul do Brasil, a gente viu um aumento de 10% a 15% em registros. Esta parceria Stake/Juventude tem bastante espaço para ser otimizada e crescer ainda mais”, afirmou Thomas Carvalhaes.

GP de São Paulo

A Stake é patrocinadora global da Fórmula 1 e parceira máster da Stake F1 Team Kick Sauber, equipe do brasileiro Gabriel Bortoleto, que também é patrocinado pela casa de apostas.

Diante disso, a Stake promoverá ativações no Grande Prêmio São Paulo de Fórmula 1, que será realizado em novembro, no Autódromo de Interlagos.

“Ainda está bastante prematuro, estamos formando a estratégia de ativação. Vai ser basicamente levar clientes, clientes estratégicos pra gente e pessoas que estão mais próximas da operação também”, contou o diretor da Stake no Brasil.

A realização de promoções para levar usuários para o evento também é uma possibilidade, porém ainda depende do esclarecimento de algumas diretrizes da regulamentação.

“A gente tem que ver a questão da possibilidade legal de fazer essas promoções no momento. Ainda estamos definindo com a SPA [Secretaria de Prêmios e Apostas] qual vai ser o canal que a gente vai fazer para ceder este tipo de prêmio aos jogadores também”, ressaltou.

Regulamentação

O início de 2025 também marcou o começo das regulamentações das apostas esportivas no mercado brasileiro. Para seguir atuando, as “bets” precisaram comprar a outorga, que custou R$ 30 milhões, e se adequar a uma série de novas diretrizes.

Próximo do 100º dia de mercado regulamentado, Thomas Carvalhaes avaliou positivamente a atuação da Secretaria de Prêmios e Apostas e do Sistema de Gestão de Apostas (Sigap).

“Eu tiro o meu chapéu para o trabalho que a SPA e o Sigap vem fazendo em relação à concessão de outorgas e à melhoria das diretrizes regulamentares. Temos consciência de que esse é um processo de amadurecimento tanto de mercado quanto de leis”, enfatizou.

“As coisas não acontecem da noite para o dia e é necessário que tenhamos essa paciência e o trabalho próximo ao regulador. Nosso papel é ajudar o regulador a entender o mercado e encontrar o caminho que é o melhor para todos”, acrescentou.

A avaliação positiva se estende à luta contra as casas de apostas ilegais, que atuam no Brasil mesmo sem possuir a autorização do Governo Federal para tal.

“Temos notícias constantes de sites sendo derrubados, tanto pela Polícia Federal quanto pela Anatel. Agora a gente tem esse combate mais efetivo com relação às empresas que possuem certificação do Banco Central, para que sejam punidas caso estejam fazendo processamento de pagamentos para casas que não têm licença”, disse o executivo.

Integridade

Thomas Carvalhaes também exaltou a importância do trabalho conjunto entre casas de apostas, clubes e o Governo Federal para a diminuição dos casos de manipulação de resultados e manutenção da integridade esportiva.

“O objetivo [dos manipuladores] é fazer um volume gigante de apostas espalhadas em várias casas, e é por isso que elas devem trabalhar em conjunto. É importante que você tenha parceiros, especialmente as casas de apostas, trabalhe com seus parceiros de integridade para criar seminários para conscientização sobre a importância da supervisão do esporte”, apontou. 

“O esporte é o que mais vai sofrer com tudo isso. A gente acaba tendo um impacto secundário, porque se as pessoas deixam de acreditar na integridade, na veracidade, na confiabilidade do esporte como um todo, o setor de apostas esportivas, com isso, morre também”, concluiu.