Daily Mail: Streaming ilegal e empresas de apostas trabalham unidos para atrair clientes

Liverpool e Manchester City enfrentam-se pela Premier League - Reprodução / Instagram (@mancity)

Provedores ilegais de streaming e casas de apostas não licenciadas estão trabalhando juntos para atrair fãs de esportes para suas plataformas, de acordo com uma denúncia do diário britânico Daily Mail.

Uma investigação do jornal descobriu que 547.924 telespectadores em todo o mundo assistiram ilegalmente à luta de boxe do fim de semana passado, entre Anthony Joshua e Francis Ngannou, com 18% desse total vindo do Reino Unido, onde a luta foi transmitida legalmente pela Sky Sports e pelo DAZN.

Uma análise mais aprofundada descobriu que muitas das transmissões apresentavam anúncios de empresas de apostas, muitas delas oferecendo apostas em mercados em que não têm permissão legal de atuar.

Alguns desses operadores também ofereceram acesso a transmissões ilegais de grandes eventos esportivos, incluindo o GP da Arábia Saudita de Fórmula 1, em troca da realização de apostas em suas plataformas.

Tecnologia

Essa colaboração entre duas indústrias ilícitas mostra o desafio que é combater a pirataria e o jogo ilegal na internet. Os responsáveis ​​pela investigação acreditam que essa união poderá ameaçar a própria “integridade do esporte” se não for controlada.

A adoção generalizada da banda larga super-rápida e a oferta crescente de streamings ilegais fizeram com que a pirataria se espalhasse dos bares para as salas de estar.

Operações de pirataria mais sofisticadas agora distribuem feeds ilegais por meio de dispositivos inteligentes em troca de uma taxa de assinatura inferior à opção legal, algo que já acontece inclusive no Brasil.

A Premier League tomou várias medidas para proteger os seus acordos de direitos de transmissão, estabelecendo uma unidade dedicada ao combate à pirataria e buscando ordens judiciais exigindo que os fornecedores de serviços de internet bloqueiem exibições ilegais.

Outros detentores de direitos, incluindo o UFC, também expressaram preocupação, apelando à tecnologia para combater o problema.

Uma pesquisa da YouGov Sport descobriu que 5,1 milhões de adultos na Inglaterra, Escócia e País de Gales admitiram ter assistido a pelo menos uma transmissão ilegal durante os primeiros seis meses de 2023. Outros 3,2 milhões não tinham certeza e preferiram não responder.

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