A Dream Factory, parceira da Confederação Brasileira de Basquete (CBB) na recriação do Campeonato Brasileiro Masculino da entidade, afirmou que distribuirá uma premiação entre R$ 1 milhão e R$ 1,5 milhão para a primeira edição do torneio. A disputa está prevista para começar na segunda quinzena de novembro, com término na segunda quinzena de junho do ano que vem.
“Já temos a adesão de sete clubes. Vamos fazer uma competição de no mínimo 10 equipes e no máximo 12”, contou Jued Andari, diretor de esportes da Dream Factory, em entrevista à Máquina do Esporte.
Embora não confirme quais são os clubes que farão parte do campeonato, um deles deve ser o Flamengo, que já sinalizou que jogará tanto o torneio da CBB como o Novo Basquete Brasil (NBB), que começará no próximo dia 21 de outubro e terá a participação de 19 equipes.
A CBB resolveu recriar a competição após romper com a Liga Nacional de Basquete (LNB), promotora do NBB, que realizou o torneio nacional, na prática, nos últimos 15 anos. Como parte desse rompimento, a confederação retirou a chancela do NBB como classificatório para competições internacionais, como a Liga Sul-Americana e a Champions League das Américas (BCLA).
Pilares
Andari revelou que o campeonato produzido pela Dream Factory será baseado em três pilares: financeiro, entretenimento e chancela.
“Financeiro é porque iremos arcar com uma série de custos dos clubes, como passagens, hospedagem e arbitragem. Todos os times que competirem terão premiação, mesmo quem não se classificar para os playoffs”, contou o executivo.
Vamos criar um fundo de participação e, no final da temporada, vai haver uma partilha de acordo com o rating dos clubes que estão conosco
Jued Andari, diretor de esportes da Dream Factory
Os critérios para essa divisão de receitas serão definidos em acordo com os clubes, mas, segundo Andari, levarão em conta performance, audiência, ranking e torcida, entre outras formas de avaliação.
Outra maneira que a empresa vê para promover o campeonato e motivar os torcedores será fazer uma programação que atraia o público para além dos jogos.
“Queremos trazer arte e cultura para dentro das arenas. Sabemos fazer isso muito bem, basta ver o portfólio de festivais de música que a Dreamers é proprietária”, destacou o executivo, referindo-se à holding da qual a Dream Factory faz parte, que é dona de marcas como Rock in Rio, Lollapalooza e The Town.
Por fim, com a chancela da CBB, o torneio promovido pela Dream Factory será a maneira de os clubes brasileiros conquistarem vagas para competições internacionais.
“Nossa competição é que vai dar chancela para clubes estarem habilitados para torneios sul-americanos e mundiais. Quem participar da nossa competição estará postulando vaga em torneios internacionais. Quem não participar, termina o campeonato e volta para casa”, enfatizou.
Patrocínio e TV
A ideia do executivo é iniciar a venda de cotas de patrocínio e direitos de transmissão após ter a confirmação de todos os times que disputarão o torneio, o que deve acontecer ainda neste mês.
De qualquer forma, Andari entende que pode ter dificuldade para conseguir grandes parceiros comerciais em pouco mais de dois meses até o início previsto da disputa. Por isso, a ideia é fazer o produto crescer a cada temporada.
“Vamos correr atrás disso [patrocínios e venda de direitos de TV]. Nossa área de marketing e planejamento talvez seja um dos nossos principais diferenciais. Somos muito fortes nisso, em trazer o melhor ganha-ganha para todos”, afirmou o representante da Dream Factory.
“Vão ganhar principalmente a população, a sociedade e os amantes do basquete”, finalizou.