Brasil será sede da Copa Feminina, e CBF vê evento como oportunidade para desenvolver a modalidade no país

Gianni Infantino, presidente da Fifa, ao lado do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues - Divulgação / Fifa

O Brasil foi oficializado como a sede da Copa do Mundo Feminina de 2027, durante o 74º Congresso da Federação Internacional de Futebol (Fifa), realizado em Bangcoc, na Tailândia. O anúncio foi feito na madrugada desta sexta-feira (17).

O país obteve 119 votos, contra 78 da candidatura tripla de Bélgica, Holanda e Alemanha. Nos relatórios de análises técnicas das propostas, o Brasil já havia alcançado pontuações maiores que as dos adversários.

Esta será a primeira vez que uma Copa do Mundo Feminina será realizada na América do Sul. Por ser o país-sede, o Brasil já tem vaga garantida na competição.

Em vídeo do Máquina Explica publicado na madrugada desta sexta-feira (17), o fundador e CEO da Máquina do Esporte, Erich Beting, lembrou que esse fator (de ser a primeira Copa Feminina na América do Sul, em um país que nunca havia sediado esse evento) pesou para escolha, embora não tenha sido o único.

De acordo com ele, a elevada audiência que o torneio tem alcançado no país (são as maiores das últimas edições), o envolvimento do governo federal nessa disputa e a própria utilização da estrutura construída para a Copa do Mundo de 2014 (confirmando a tese de que aquele evento deixou um legado positivo, mas também com estádios modernos e grandes, aptos a receber um maior público) são aspectos que pesaram na decisão.

O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, que esteve presente à cerimônia, disse ver o evento como uma oportunidade para desenvolver o futebol feminino no país.

“Essa decisão da Fifa anunciada nesta noite terá um grande impacto positivo no futebol feminino brasileiro e na vida de milhões de mulheres do Brasil. Além de investir na realização da Copa do Mundo, toda a cadeia produtiva do futebol feminino no Brasil e na América do Sul dará um imenso salto de desenvolvimento”, afirmou Rodrigues.

Antes de iniciar seu discurso, o dirigente brasileiro prestou solidariedade aos moradores do Rio Grande do Sul, que enfrenta situação de calamidade, por conta das enchentes.

“Apesar da euforia neste momento histórico, antes de tudo, gostaria de prestar minha solidariedade a milhões de brasileiros que vivem no Rio Grande do Sul e passam por uma tragédia climática sem precedentes. Toda força ao povo gaúcho”, disse Ednaldo Rodrigues. 

Nesta semana, após muita pressão feita por diversos clubes, incluindo Internacional, Grêmio e Juventude, a CBF decidiu paralisar o Brasileirão da Série A por duas rodadas.

Comemoração

Além de Rodrigues, a comitiva brasileira em Bagkok controu com as presenças do ministro do Esporte, André Fufuca, Aline Pellegrino (vice-campeã mundial em 2007 e gerente de competições da CBF), Kerolin (atacante da seleção brasileira), Formiga (única atleta a disputar sete Copas do Mundo), as consultoras Valesca Araújo, Jacqueline Barros, Manuela Biz e o consultor Ricardo Trade.

O Ministério do Esporte publicou vídeo nas redes sociais celebrando a escolha do Brasil para sede do evento.

Personalidades do futebol feminino também comemoraram a escolha, caso de Marta, que divulgou um vídeo no Instagram, abordando o tema. “Quero agradecer a todos que fizeram parte dessa conquista”, disse a atleta, que é a maior artilheira dos Mundiais Femininos.

Por enquanto, com base na documentação apresentada pelo Brasil em sua candidatura, os estádios que receberão as partidas da Copa do Mundo Feminina 2027 são: Maracanã (RJ), Neo Química Arena (SP), Mineirão (BH), Mané Garrincha (DF), Arena Pantanal (MT), Arena Castelão (CE), Arena da Amazônia (AM), Estádio Beira-Rio (RS), Arena de Pernambuco (PE) e Arena Fonte Nova (BA).

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