Ferrari trocará vermelho por azul no GP de Miami para marcar os 70 anos de presença nos EUA

Cor será usada nos uniformes dos pilotos e também na carroceria dos carros - Reprodução / X (@ScuderiaFerrari)

Um dos elementos mais icônicos do universo do automobilismo e do esporte mundial está em vias de ser mudado, ainda que de maneira momentânea.

Escuderia mais tradicional da Fórmula 1, a Ferrari decidiu trocar suas cores para o Grande Prêmio de Miami, que será realizado no dia 5 de maio. Sai o tradicional vermelho e entra o azul.

Oficialmente, a iniciativa servirá para marcar os 70 anos de presença da marca no mercado dos Estados Unidos. Coincidentemente, no entanto, azul também é a cor (ainda que em um tom um tanto distinto) da logomarca da gigante do segmento de tecnologia HP, que assumiu os naming rights da Ferrari nesta quarta-feira (24), conforme noticiou a Máquina do Esporte.

O anúncio da troca do vermelho pelo azul para o GP de Miami foi feito também nesta quarta-feira (24) e contou com divulgação nas redes sociais da escuderia, com fotos e vídeos protagonizados pelos pilotos Carlos Sainz e Charles Leclerc.

A mudança momentânea envolverá tanto os uniformes dos pilotos (que serão em dois tons diferentes, denominados Azzurro La Plata e Azzurro Dino) quanto na carroceria dos carros (a nova cor será divulgada durante os testes para a prova na Flórida).

Uso da cor não é inédito

Vale lembrar que a Ferrari já utilizou azul e branco em seus carros durante a temporada de 1964 da F1, nos GPs dos Estados Unidos e do México, que encerraram o campeonato daquele ano.

Aquele tom de azul era o mesmo da Nart, empresa que importava os carros de passeio da Ferrari, da Itália para os Estados Unidos. Essa ação foi idealizada por Enzo Ferrari, fundador da equipe, como forma de alfinetar a Federação Internacional de Automobilismo (FIA), em meio a uma acirrada disputa com o GT40, da Ford.

O modelo da montadora norte-americana foi responsável por derrubar o reinado dos italianos nas 24 Horas de Le Mans, prova de resistência que é considerada a principal do Campeonato de Endurance da FIA.

Enzo Ferrari considerava a federação ingrata por, na visão dele, não apoiar suficientemente o programa de resistência de sua escuderia, na disputa com a Ford.

O tom Azzurro La Plata (mesmo da bandeira da Argentina) era a cor do uniforme do piloto italiano Alberto Ascari, morto em 1956 e que se tornou uma lenda da Ferrari, equipe pela qual faturou o Mundial de Pilotos em 1952 e 1953. O colete e o capacete azuis eram considerados pelo corredor como seus amuletos da sorte.

Tricampeão mundial, o austríaco Niki Lauda também chegou a utilizar essa cor em seus anos iniciais na Ferrari, na década de 1970.

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