Renault oficializa saída da Fórmula 1 no final de 2025, e Alpine deverá fechar com Mercedes

Renault deixará F1 após quase 50 anos, e Alpine terá que encontrar outra fabricante de motores - Reprodução / Instagram (@alpinef1team)

A Renault oficializou, nesta segunda-feira (30), a saída definitiva da Fórmula 1 no final da temporada de 2025. Com isso, a Alpine, única que ainda utiliza motores da montadora francesa e penúltima na tabela de construtores na atual temporada, terá que achar uma nova parceira para 2026, ano em que haverá a introdução do novo regulamento das unidades de potência na categoria.

No momento, a Mercedes é que surge como principal probabilidade. Além da equipe própria, a montadora alemã também fabrica motores para McLaren, Aston Martin e Williams no atual grid da Fórmula 1.

Em um comunicado oficial, a Renault revelou os planos para a estrutura que fabrica motores para a F1 desde que a montadora entrou na categoria, em 1977, que fica em Viry-Châtillon, ao sul de Paris. O local será transformado em um centro de excelência em engenharia, batizado de “Hypertech Alpine”, para contribuir com tecnologia de ponta, inclusive motores elétricos, para os futuros carros de rua das marcas Renault e Alpine.

Viry-Châtillon, no entanto, continuará a fabricar motores para o Campeonato Mundial de Endurance (WEC) e o Campeonato Mundial de Rally-Raid (W2RC).

Nos bastidores, a imprensa europeia especula que a saída da Renault se deve aos pífios resultados conquistados dentro da pista em comparação com os custos elevados para a fabricação dos motores para a principal categoria do automobilismo mundial.

“A criação deste centro Hypertech Alpine é fundamental para a estratégia de desenvolvimento da Alpine e, de forma mais ampla, para a estratégia de inovação do Grupo Renault. É um ponto de virada na história da unidade de Viry-Châtillon, que garantirá a continuidade do conhecimento e a inclusão das suas raras competências no ambicioso futuro do grupo, ao mesmo tempo que fortalece a posição da Alpine como uma ‘garagem de inovação’”, disse Philippe Krief, CEO da Alpine.

“O DNA de corrida continuará sendo a pedra angular da marca. Ele continuará a alimentar um projeto industrial e automotivo sem precedentes, graças especialmente à Hypertech Alpine”, acrescentou o executivo.

Vale lembrar que os chassis dos carros da Alpine são produzidos em outra fábrica, localizada em Enstone, no Reino Unido. Em relação a essa parte, nada deverá mudar.

Após quase 50 anos, a Renault deixará a Fórmula 1 com 11 títulos de pilotos (como o bicampeonato de Fernando Alonso em 2005 e 2006) e 12 de construtores (como o tetracampeonato de Sebastian Vettel, com a Red Bull, entre 2010 e 2013).

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