A Rolex será dona dos naming rights do Grande Prêmio São Paulo de Fórmula 1 em 2023. A marca suíça de relógios de luxo substituirá a Heineken, que detinha a propriedade desde 2017, quando a prova ainda era chamada de Grande Prêmio do Brasil.
Desde que soube da informação, na última segunda-feira (17), a reportagem da Máquina do Esporte entrou em contato com a marca suíça de relógios de luxo. A empresa, no entanto, não possui porta-voz. A assessoria informou apenas que os naming rights do GP São Paulo foram uma escolha da marca, mas que não é possível abrir mais informações sobre a estratégia e o tempo de contrato.
A Heineken, por sua vez, não respondeu aos questionamentos da reportagem até o momento. Caso responda, a matéria será atualizada.
Com a mudança, a Rolex passa a ser, junto à Qatar Airways, as marcas com mais naming rights do atual calendário da categoria mais importante do automobilismo mundial. São três provas para cada uma. Além de São Paulo, cuja prova será disputada no fim de semana de 3 a 5 de novembro, a marca de relógios também dá nome aos GPs da Austrália e da Áustria, enquanto a companhia aérea detém a propriedade nos GPs da Emília-Romagna, da Hungria e do Catar.
Pelo lado da Heineken, apesar de deixar os naming rights da prova de São Paulo, a marca seguirá como patrocinadora da corrida paulista, isso porque é parceira global da F1 e está presente em todos os circuitos do calendário, mesmo caso da própria Rolex e de outras marcas como Pirelli, Aramco, DHL, Qatar Airways, Crypto.com e MSC Cruzeiros.
Vale destacar que os naming rights são uma propriedade negociada diretamente pelo Formula One Group, antiga Formula One Management (FOM), que atualmente pertence à Liberty Media. É assim para todas as etapas do Mundial, sendo negociações comerciais que envolvem estratégias de mercado das marcas.
É o caso, por exemplo, da própria Heineken. A marca de cerveja ainda possui dois acordos de naming rights em 2023, nos GPs da Holanda, onde fica a sede da empresa, e de Las Vegas, que fará sua estreia na categoria neste ano. Na prova norte-americana, a Heineken usará no nome da prova a marca Heineken Silver, bebida lançada em 2022, com amargor menos intenso e teor alcoólico reduzido, cujo mercado principal é justamente os Estados Unidos.
Grande Prêmio da Austrália
Um caso que envolveu exatamente Rolex e Heineken exemplifica bem o que às vezes ocorre na F1. O Grande Prêmio da Austrália de 2021, que acabou não sendo disputado por conta da pandemia de Covid-19, tinha a Rolex como dona dos naming rights. No ano seguinte, a propriedade passou a ser da Heineken. Já neste ano, voltou a ser da Rolex.
Veja abaixo a lista das provas e das marcas que são donas dos naming rights do calendário 2023 da Fórmula 1:
Bahrein: Gulf Air
Arábia Saudita: STC
Austrália: Rolex
Azerbaijão: Não há
Miami: Crypto.com
Emília-Romagna: Qatar Airways
Mônaco: Não há
Espanha: AWS
Canadá: Pirelli
Áustria: Rolex
Inglaterra: Aramco
Hungria: Qatar Airways
Bélgica: MSC Cruzeiros
Holanda: Heineken
Itália: Pirelli
Singapura: Singapore Airlines
Japão: Lenovo
Catar: Qatar Airways
Estados Unidos: Lenovo
México: Não há
São Paulo: Rolex
Las Vegas: Heineken Silver
Abu Dhabi: Etihad Airways