Na Fórmula E, ePrix de São Paulo pode virar etapa de abertura da próxima temporada

Circuito de rua do e-Prix de São Paulo fica na região do Sambódromo do Anhembi - Divulgação

O ePrix de São Paulo, que integra o calendário da Fórmula E pelo segundo ano consecutivo, já mira a possibilidade de se tornar a etapa de abertura da categoria que utiliza exclusivamente veículos elétricos. A Prefeitura de São Paulo apresentou a candidatura, que é vista com bons olhos pela direção do campeonato.

“Existe a possibilidade de São Paulo ou outras cidades [abrir a temporada de 2025]. A definição será feita em junho, com a FIA [Federação Internacional de Automobilismo]”, afirmou Jeff Dodds, CEO da Fórmula E, que concedeu entrevista coletiva nesta quarta-feira (6).

Neste ano, a etapa de abertura ocorreu na Cidade do México, em 13 de janeiro. Para a próxima temporada, a Máquina do Esporte apurou que há a possibilidade de que a primeira corrida do campeonato seja disputada no mesmo mês ou até em dezembro, o que faria com que São Paulo tivesse duas provas em 2024.

Na atual temporada, a etapa nacional acontecerá no próximo dia 16 de março, em um circuito de rua montado na região do Sambódromo do Anhembi, localizado na zona norte da capital paulista. Os ingressos começaram a ser vendidos em novembro.

Estreia

A vinda a São Paulo, aliás, era um sonho antigo da categoria, que neste ano disputa sua décima temporada. No ano passado, finalmente, a cidade estreou no calendário da categoria. Já há um contrato para que o evento ocorra na capital paulista pelo menos até 2027.

“A razão pela qual estamos correndo em São Paulo é que, se você pegar papel e caneta e escrever onde deve correr no mundo, obviamente vai pensar onde estão os torcedores mais apaixonados do planeta. Você poderia colocar o Brasil no topo dessa lista”, argumentou Dodds.

O impacto econômico e turístico da corrida em São Paulo, segundo os organizadores, foi de mais de US$ 90 milhões em 2023. A prova resultou na criação de 2.500 a 3 mil empregos diretos e indiretos. No primeiro ano, o público registrado foi de 23 mil pessoas. O evento é realizado em um dia, passando por treino livre, qualificação e corrida, que está marcada para as 14h03.

“E, no Brasil, São Paulo é um dos lugares mais incríveis para montar um circuito de rua”, afirmou o executivo.

O norte-americano lembrou o legado deixado por pilotos como Emerson Fittipaldi, Ayrton Senna e Felipe Massa na história do automobilismo nacional, além de competidores atuais, como Felipe Drugovich, piloto reserva da Aston Martin na Fórmula 1.

Para ele, a realização do sonho de correr no Brasil passou por fazer bons contatos com pessoas bem relacionadas na cidade para finalmente estrear no país no campeonato passado.

“Aprendemos muito com a primeira corrida, que é sempre bastante complicada. Mas não tenho certeza de que precisamos melhorar porque a prova do ano passado foi muito legal. Espero que a gente volte a ter uma prova emocionante e competitiva. Mas a infraestrutura em torno do evento continuará melhorando”, analisou Dodds.

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