A Fórmula E virá ao Brasil pela primeira vez para a sexta etapa da temporada 2023 no próximo dia 25 de março. De acordo com a prefeitura da capital paulista, o evento deverá movimentar R$ 300 milhões na economia local, gerar cerca de 3 mil postos de trabalho e, além disso, ajudar em um objetivo maior, o de aproximar ainda mais a população dos conceitos de sustentabilidade e proteção do meio ambiente.
O e-Prix de São Paulo fará parte da Semana da Sustentabilidade criada na cidade, justamente por se alinhar com os propósitos da SPTuris, empresa oficial de turismo e eventos da capital paulista, sobre o tema. O objetivo é atrair eventos que projetem a imagem de São Paulo, movimentem a economia, gerem empregos e promovam o desenvolvimento sustentável e a discussão sobre a importância dos combustíveis de fonte renovável e baixa emissão.
Para se ter uma ideia, segundo a Secretaria Executiva de Transporte e Mobilidade Urbana (Setram) e a SPTrans, desde outubro de 2022, não é mais permitida a compra de ônibus movidos a diesel para o sistema de transportes da cidade. A intenção é cumprir a Lei de Mudanças Climáticas e do Programa de Metas da prefeitura, que prevê a inclusão de 2.600 ônibus elétricos, não poluentes, e a consequente melhoria na qualidade do ar da capital.
A atuação na área ambiental vem sendo intensificada em São Paulo. Um exemplo foi o lançamento do Plano de Ação Climática do Município de São Paulo (PlanClima SP), que incentiva exatamente a mobilidade elétrica, principal característica da Fórmula E.
Pelo projeto, quem possui carro elétrico ou híbrido ganha o direito de ter um reembolso da quota-parte do Imposto sobre Propriedades de Veículos Automotores (IPVA), já descontado o percentual destinado ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), o que corresponde a cerca de 40% do valor do imposto.
Entre outros objetivos, o PlanClima SP quer reduzir em 50% as emissões de gases de efeito estufa até 2030 e implementar medidas para diminuir as vulnerabilidades sociais, econômicas e ambientais em um processo de adaptação para zerar a emissão de gás carbônico até 2050.
Entre as ações estão a adoção de fontes energéticas renováveis em substituição aos combustíveis fósseis no transporte e o fomento à mobilidade ativa e com zero emissão de gases de efeito estufa.
Nesta terça-feira (7), o prefeito Ricardo Nunes vistoriou as obras que estão sendo realizadas no Sambódromo do Anhembi e nos arredores, onde a prova da categoria de carros elétricos será disputada. O acordo entre a prefeitura e a Fórmula E não envolve repasse de verbas, mas a preparação do circuito não permanente. No local, são realizados serviços de adequações geométricas e a instalação do sistema de proteção com barreiras de concreto, grades e telas para delimitação da pista, de acordo com as especificações da Federação Internacional de Automobilismo (FIA).
Vale lembrar que o contrato entre a cidade de São Paulo e a FIA foi assinado por cinco anos, ou seja, haverá e-Prix na capital paulista até pelo menos 2027. Nos próximos anos, o intuito é realizar ações ainda mais contundentes para conscientizar a população daquela que é considerada a maior cidade do país e uma das maiores do mundo.