Há alguns anos, a venda de naming rights nos estádios era vista como uma realidade distante no futebol brasileiro. Por muito tempo, existiram exemplos esporádicos no país, mas a negociação desse tipo de propriedade estava longe de aparentar ser uma tendência.
Recentemente, porém, isso mudou. Pela primeira vez na história, os quatro grandes clube paulistas passarão a mandar seus jogos em estádios cujos naming rights foram negociados. Isto porque o Santos acertou a venda do nome da Vila Belmiro para a Viva Sorte, empresa que, na semana passada, também se tornou patrocinadora do São Paulo, com sua marca exposta na clavícula da camisa do time.
A informação foi notificada pelo presidente Marcelo Teixeira, durante reunião do Conselho Deliberativo do Santos, realizada na noite desta segunda-feira (12). O contrato deverá ter dez anos de duração, rendendo R$ 15 milhões anuais ao clube. A solenidade de assinatura do contrato deverá ocorrer ainda nesta semana e ele ficará em vigor mesmo que venha a ser construída uma arena moderna no lugar do atual estádio.
No ano passado, o time fechou parceria com a WTorre para o projeto de revitalização da Vila Belmiro, que passaria a contar com mais de 30 mil lugares.
Outros grandes com naming rights
Segundo o portal GE, o novo nome do estádio santista passaria a ser Vila Viva Sorte. O Peixe será o quarto grande clube paulista a vender esse tipo de propriedade.
O primeiro foi o Palmeiras, que negociou o naming right de seu estádio com a Allianz, no fim de 2014, logo depois de a WTorre promover a reformulação completa do estádio.
Depois do Allianz Parque, foi a vez do Corinthians vendeu o nome de seu estádio, no bairro de Itaquera, em São Paulo (SP), para a Hypera Pharma, dona da marca Neo Química. O estádio do alvinegro foi uma das sedes da Copa do Mundo de 2014, tendo recebido o jogo de abertura da competição.
Esse contrato que resultou na denominação Neo Química Arena foi firmado apenas em setembro de 2020, em celebração aos 110 anos do Corinthians.
Depois disso, no fim de 2023 o São Paulo firmou contrato com a Mondelez, para acrescentar um “S” ao nome do estádio do clube, resultando no MorumBis, que divulga a marca de wafer de chocolate da empresa.
Além desses estádios já citados, o Pacaembu (que está em reforma, mas costumava ser utilizado de maneira recorrente pelos quatro grandes de São Paulo) também teve seu naming right negociado, passando a ser chamado de Mercado Livre Arena, em contrato que será válido por 30 anos e cujos valores totais podem chegar a R$ 1 bilhão.