O Giuseppe Meazza, também conhecido como San Siro, estádio que abriga jogos do Milan e da Internazionale, não será demolido, sequer alterado, para dar lugar a uma nova estrutura compartilhada pelos dois maiores clubes da cidade de Milão.
A decisão foi anunciada na última terça-feira (8) pela Comissão Regional do Patrimônio Cultural da Lombardia, órgão responsável por supervisionar o patrimônio histórico na região do norte da Itália.
No ano passado, Milan e Internazionale iniciaram o plano de criar um “novo San Siro”. O projeto custaria cerca de € 1,3 bilhão (cerca de R$ 6,97 bilhões, pela cotação atual). À época, a prefeitura de Milão havia aprovado o projeto, estipulando que a construção fosse finalizada até setembro de 2027.
No entanto, em maio deste ano, representantes dos dois clubes e da prefeitura se reuniram novamente para discutir o assunto. A dupla solicitou à superintendência da cidade uma avaliação do valor arquitetônico e histórico do atual San Siro.
A superintendência já se opunha à demolição do estádio, especialmente devido ao valor cultural do segundo andar das arquibancadas. Neste sentido, a comissão reforçou a importância de se preservar a estrutura.
Novos locais
Agora, os clubes estão em busca de locais alternativos para erguer suas novas arenas. Tanto o Milan quanto a Internazionale exploram alternativas em outras áreas para as construções.
No início de agosto, foi anunciado que a Inter garantiu os direitos exclusivos para realizar um estudo de viabilidade para o desenvolvimento de um novo estádio em Rozzano, a 16km do centro de Milão.
Já o Milan está considerando a região de San Donato, a cerca de 10km de Milão, mas já encontra dificuldades: uma empresa de arquitetura afirmou que já possui um acordo para construir no local pretendido pelo clube.