A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) se manifestou na noite desta terça-feira (29), por meio de seu site e de suas redes sociais, sobre a polêmica da camisa reserva da seleção brasileira para a Copa do Mundo de 2026, que será disputada nos Estados Unidos, Canadá e México. No texto, escrito de forma concisa, a CBF garantiu que nem ela nem a Nike, fornecedora de material esportivo que renovou contrato recentemente com a entidade até 2038 (e que pode render até R$ 1 bilhão ao ano), “divulgaram formalmente detalhes sobre a nova linha da Seleção”.
“A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) esclarece que as imagens divulgadas recentemente de supostos uniformes da Seleção Brasileira para a Copa do Mundo de 2026 não são oficiais”, enfatizou a entidade.
A declaração vem como uma resposta ao material que foi divulgado primeiramente pelo site especializado Footy Headlines e que, de um modo geral, não foi bem recebido pelo público.
“A entidade reafirma o compromisso com seu estatuto (os padrões nas cores amarelo tradicional e azul serão mantidos) e informa que a nova coleção de uniformes para o Mundial ainda será definida em conjunto com a Nike”, completou a confederação.
O que diz o estatuto
Segundo a Máquina do Esporte apurou, a CBF aprovou, em outubro do ano passado, um protótipo em cores chamativas e brilhantes rosa e preta, com um desenho abstrato, para o segundo uniforme que a seleção brasileira utilizará na Copa do Mundo de 2026. No caso dessa camisa, em vez do tradicional Swoosh da Nike, a fornecedora de material esportivo usaria a Jordan, marca que possui em parceria com o astro do basquete Michael Jordan.
A versão mais recente do estatuto da entidade, datada de 2023, permite a criação de um uniforme alternativo. No capítulo III, artigo 13, inciso III, o documento diz que “são símbolos da CBF a sua bandeira, o emblema oficial e os uniformes com as características seguintes: os uniformes obedecerão às cores existentes na bandeira da CBF e conterão o emblema descrito no inciso II deste artigo, podendo variar de acordo com exigências do clima, em modelos aprovados pela Diretoria, não sendo obrigatório que cada tipo de uniforme contenha todas as cores existentes na bandeira e sendo permitida a elaboração de modelos comemorativos em cores diversas, sempre mediante aprovação da Diretoria”.
Entre junho e julho, deve haver, nos Estados Unidos, durante a disputa do Super Mundial de Clubes da Fifa, uma reunião entre representantes da CBF e da Nike. Nesse encontro, pode haver alguma alteração no planejamento inicialmente acordado entre entidade e marca. No entanto, a fornecedora de material esportivo, muito provavelmente, já está com a camisa rosa e preta em esquema de produção, tanto que algumas imagens vazaram para o mercado.
Vale lembrar que, para convencer Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF, a aprovar as cores inusitadas, a Nike argumentou que havia realizado estudos científicos que mostraram que essas cores geravam atração sensitiva na Geração Z. Segundo a marca, isso ajudaria a rejuvenescer a base de fãs da seleção.
Além da camisa, a Nike pretende lançar toda uma linha nas mesmas cores e tons para que a peça seja utilizada pelo público jovem também como opção para a vestimenta do dia a dia, como jaquetas, calças e calções.
Camisa “diferentona” não é novidade no futebol mundial
Um possível modelo rosa e preto da seleção brasileira, totalmente diferente do que se está acostumado a ver no decorrer da história, não seria novidade no mercado de camisas de futebol. Recentemente, há uma série de exemplos de uniformes longe dos tradicionais produzidos por algumas marcas para diversas seleções, inclusive equipes que estão entre as mais vencedoras do futebol mundial.
A Máquina do Esporte compilou algumas dessas peças mais conhecidas. Na publicação, há camisas de seleções como Alemanha, Argentina, Espanha, Portugal e Uruguai.