Com adesão de menos clubes, LFU decide sobre reduzir venda de direitos comerciais a investidores

Imagem Nº 228728 - Foto: Rodrigo Coca/Agência Corinthians | Imagens da partida entre Corinthians e Flamengo, neste domingo (1º/09/2024), na Neo Química Arena, pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro 2024. Na foto: Yuri Alberto

Corinthians, de Yuri Alberto, não vendeu nenhum percentual de seus direitos comerciais aos investidores da LFU - Rodrigo Coca / Agência Corinthians

Os clubes que integram a Liga Forte União (LFU) discutirão, nesta terça-feira (10), na sede do Fluminense, no Rio de Janeiro (RJ), sobre a redução do percentual que negociarão de seus direitos comerciais com investidores pelo período de 50 anos.

A ideia das equipes é que esse valor seja reduzido de 20% para 10% em uma negociação com um grupo de investidores capitaneado pela Life Capital Partners (LCP), que também possui participação da brasileira XP Investimentos e da norte-americana General Atlantic (GA).

Três situações

Segundo a Máquina do Esporte apurou, a ideia é abrir mão das parcelas que ainda seriam pagas às equipes da Série A, no mês que vem e em maio de 2025. Com isso, esses clubes ficariam apenas com 50% do valor que havia sido acordado. A redução também implicaria na diminuição da parcela da venda de seus direitos comerciais por 50 anos, que no atual contrato é de 20%, para 10%. Os clubes acreditam que, a longo prazo, ficariam menos competitivos se negociassem uma parcela maior de seus ganhos comerciais futuros.

Conforme a Máquina do Esporte noticiou com exclusividade, há um bloco de times que disputou a Série B em 2023 que recebeu, até o momento, cerca de 30% do valor que havia sido combinado. Estão nessa situação Atlético-GO, Criciúma e Juventude, que subiram para a Série A neste ano; Avaí, Ceará, Chapecoense, CRB, Sport e Vila Nova, que se mantiveram na segunda divisão; e Londrina e Tombense, que caíram para a Série C.

Esses 11 times tinham contrato com a Brax Sports Assets, à época detentora dos direitos comerciais da Série B por cinco anos. O problema é que a empresa de marketing decidiu romper o acordo em 2024, embora o imbróglio ainda não tenha sido totalmente resolvido. Os clubes alegam que a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não formalizou o documento para apresentar à investidora. Isso teria limitado os ganhos desses times em relação ao contrato com a LCP.

Procurada para comentar a situação do antigo contrato com a Brax, a CBF ainda não se pronunciou oficialmente sobre o tema.

Há ainda um bloco de equipes, todas de São Paulo, que passou a integrar a LFU mais recentemente. É o caso de Botafogo-SP, Ituano, Mirassol, Novorizontino e Ponte Preta, que fizeram adesão em abril. E o Corinthians, que entrou para o Forte União em julho. Esses times não venderam fatia alguma de seus direitos comerciais aos investidores.

O Corinthians apenas ganhou um adiantamento de R$ 150 milhões concedido pela XP, parceira da LFU, que será integralmente pago com o contrato de TV negociado pelo bloco. Esse adiantamento, chamado pela LFU de colchão, se tornará um empréstimo, caso o time caia para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro (atualmente, o Corinthians está na 17ª posição e integra o Z4).

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