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Corinthians entra com ação para centralização de execuções judiciais

Medida deverá auxiliar para que todos os credores sejam pagos, sem que ocorram bloqueios sucessivos nas contas bancárias do clube

Vista da Neo Química Arena, estádio do Corinthians - José Manoel Idalgo / Corinthians

Vista da Neo Química Arena, estádio do Corinthians - José Manoel Idalgo / Corinthians

O Corinthians informou, nesta quarta-feira (27), que entrou, junto ao Poder Judiciário do Estado de São Paulo, com uma ação judicial denominada “Regime Centralizado de Execuções”.

O movimento tem como objetivo organizar o fluxo e a ordem de pagamentos dos credores. A medida deve auxiliar para que todos possam receber, sem que ocorram bloqueios sucessivos nas contas bancárias do clube.

O presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo acatou o pedido de centralização e encaminhou o processo para uma das varas especializadas na 1ª instância.

Na iniciativa, o clube conta com a atuação da Mubarak Advogados e Mandel Advocacia, bem como o apoio de advogados membros do Conselho Deliberativo, das diretorias financeira e de negócios jurídicos e dos presidentes da diretoria e do Conselho.

Não é a primeira vez que o Corinthians tenta uma medida parecida. No início de 2022, o clube conseguiu a centralização das execuções de suas dívidas civis. Antes, o Timão realizou um movimento semelhante para processos de ordens trabalhistas.

Dívidas

Em setembro, o Corinthians realizou o “Dia da Transparência”, em que explicou a situação das contas do clube. Durante o evento, a diretoria do time informou que as dívidas alcançaram R$ 2,311 bilhões.

O cenário fica ainda pior ao se considerar o prazo para o pagamento das dívidas. Do total, R$ 1,215 bilhão (52,6%) vencem nos próximos três anos. Em 2024, o Corinthians terá que pagar R$ 357 milhões.

Caso o clube mantenha a arrecadação registrada em 2023, de R$ 895 milhões, deverá destinar 39,9% de seu faturamento para o pagamento de dívidas.