Corte Arbitral nega recurso do Barcelona e mantém condenação por alavancagem ilegal

Espanhol Lamine Yamal comemora gol do Barcelona ao lado do brasileiro Raphinha - Reprodução / Instagram (@fcbarcelona)

A Corte Arbitral do Esporte (CAS) manteve a condenação imposta pela União das Associações Europeias de Futebol (Uefa) ao Barcelona, pelo uso de alavancagem ilegal em meados de 2023.

A polêmica gira em torno da classificação incorreta do lucro obtido pelo clube catalão com a venda de direitos audiovisuais para a Sixth Street, no valor de € 205 milhões (cerca de R$ 1,2 bilhão, pela cotação da época), negociação que foi anunciada em junho de 2022.

O Barcelona entregou à empresa 10% de seus direitos televisivos na LaLiga, pelo período de 25 anos.

Em outubro do ano passado, a Câmara de Apelações do Órgão de Controle Financeiro de Clubes da Uefa considerou que o Barcelona violou intencionalmente as regras e regulamentos aplicáveis, e decidiu impor ao clube uma multa de € 500 mil.

O Barcelona contestou a decisão, recorrida perante a CAS, alegando não ter violado os regulamentos de licenciamento de clubes e o fair play financeiro da Uefa.

A Corte, porém, negou provimento ao recurso, mantendo as punições e determinando que o clube arque com os honorários advocatícios da Uefa e demais despesas relativas ao processo.

Alavancagem é um termo que se refere a um meio encontrado por uma empresa ou instituição para multiplicar a rentabilidade, por meio de endividamento.

No caso da alavancagem feita pelo Barcelona, ela estaria em desacordo com as normas de fair play financeiro da Uefa, que têm a finalidade de evitar que os clubes gastem mais do que arrecadam, o que colocaria em risco a saúde financeira da agremiação.

Nos últimos tempos, as finanças têm representado um problema sério para o Barcelona, que, em outubro do ano passado, admitiu possuir dívidas de € 1,2 bilhão, isso sem contar € 1,5 bilhão a serem gastos no projeto Espai Barça, que prevê a reforma completa do Camp Nou e dos arredores do estádio.

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