Dono da Roma “atravessa” John Textor e chega a acordo para adquirir o Everton, da Inglaterra

O franco-senegalês Ndiaye comemora gol do Everton pela Premier League - Reprodução/Instagram @everton

Franco-senegalês Iliman Ndiaye comemora gol do Everton em jogo da Premier League - Reprodução / Instagram (@everton)

O Friedkin Group, que já é dono da Roma, time que disputa a Serie A da Itália, chegou a um acordo para comprar a participação majoritária de Farhad Moshiri no Everton, clube que joga a Premier League.

“A Blue Heaven Holdings e o Friedkin Group confirmam que chegaram a um acordo sobre os termos da venda da participação majoritária da Blue Heaven Holdings no Everton Football Club. A transação está sujeita à aprovação regulatória, incluindo da Premier League, da Football Association [FA, órgão que gere o futebol inglês] e da Financial Conduct Authority”, divulgou o clube, em um comunicado oficial.

O conglomerado, liderado pelo bilionário Dan Friedkin, havia entrado em um período de exclusividade para negociar a compra em junho. No entanto, no mês seguinte, o Everton divulgou que nenhum acordo seria fechado entre as partes.

Dono de 90% da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Botafogo, John Textor, que também é sócio minoritário do Crystal Palace, clube que também disputa a Premier League, chegou a fazer proposta pelo time de Liverpool. No entanto, acabou sendo preterido na disputa, já que precisaria abrir mão dos 45% que detém do clube londrino antes de poder fazer a aquisição do Everton.

“Estamos satisfeitos por termos chegado a um acordo para nos tornarmos guardiões deste icônico clube de futebol”, afirmou um porta-voz do Friedkin Group.

“Estamos focados em garantir as aprovações necessárias para concluir a transação. Estamos ansiosos para fornecer estabilidade ao clube e compartilhar nossa visão para seu futuro, incluindo a conclusão do novo Everton Stadium, em Bramley-Moore Dock”, completou.

A injeção financeira do novo proprietário será bem-vinda, já que o Everton teve um péssimo início no Campeonato Inglês. O clube perdeu quatro dos cinco primeiros jogos e ocupa a vice-lanterna da competição, à frente apenas do Wolverhampton, que também só marcou 1 ponto até agora.

Na temporada passada, o Everton chegou a perder pontos duas vezes por violar regras de lucro e sustentabilidade da liga inglesa. No final, o time terminou o campeonato em 15º lugar, livrando-se do rebaixamento por pouco.

Negociações

O Friedkin Group, dono de participação majoritária na Roma, já liberou dinheiro ao Everton antes mesmo do negócio ser concluído. O grupo injetou £ 200 milhões (US$ 267 milhões) no time inglês, o que garantiu a exclusividade da empresa para realizar a negociação de compra.

Antes disso, o Everton chegou a ensaiar uma aproximação com a 777 Partners, ex-dona da SAF do Vasco. A investidora, com sede em Miami, assumiria o controle dos Toffees em um acordo firmado em setembro do ano passado. No entanto, os termos foram desfeitos em maio, após a 777 passar por uma crise financeira, com a perda de vários ativos (incluindo o clube de São Januário).

Após o anúncio em julho de que o Friedkin Group não avançaria com a compra, o Everton iniciou negociações com Textor, que precisaria se desfazer de sua participação no Crystal Palace para iniciar as tratativas do negócio.

Duas semanas atrás, Textor chegou a dizer que acreditava que a aquisição pudesse ser concluída antes do fim do prazo de seu acordo de exclusividade com o Everton. No entanto, o time de Liverpool deu um banho de água fria ao dizer que ainda havia “trabalho a ser feito”. Nesse ínterim, o Friedkin Group voltou a avançar nas negociações até concluir o acordo.

Segundo os proprietários do Friedkin Group, a conclusão do negócio não afetará a Roma.

“A possível adição do Everton ao nosso portfólio não altera nosso foco na Roma. Na verdade, a simbiose entre vários clubes só ajudará o time”, afirmou a empresa, ainda antes de concluir a compra do Everton.

“Cada clube em nosso portfólio opera de forma independente, e a Roma continua no centro das nossas ambições futebolísticas”, acrescentou a investidora.

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