Jim Ratcliffe, presidente da Ineos (indústria química), decidiu entrar de forma tardia na concorrência para a compra do Chelsea, fazendo uma oferta de £ 4,25 bilhões (R$ 26,77 bilhões) na última sexta-feira (29). Segundo fontes ligadas à licitação, seria a maior proposta pelo time londrino entre as que estão na mesa.
O empresário, que é apontado como o homem mais rico do Reino Unido, divulgou um comunicado defendendo sua vitória na disputa: “Esta é uma oferta britânica, para um clube britânico”.
Ratcliffe já tinha mostrado interesse no Chelsea antes. Em 2019, ele teve reuniões com Roman Abramovich antes de as negociações fracassarem. Pouco depois, comprou o Nice, da Ligue 1, da França. Em sua declaração oficial, Ratcliffe disse que £ 2,5 bilhões (R$ 15,75 bilhões) serão destinados a instituições de caridade para apoiar as vítimas da guerra na Ucrânia, enquanto outros £ 1,75 bilhão (R$ 11,02 bilhões) serão investidos no clube nos próximos dez anos, incluindo a remodelação do Estádio Stamford Bridge.
A proposta de Ratcliffe é diferente da de seus concorrentes, pois o empresário não faz parte de um consórcio de investidores e ensaia voo solo. Ele também afirmou que não pretende ganhar dinheiro com o Chelsea.
“Estamos fazendo esse investimento como fãs do belo jogo. Não como um meio de obter lucro. Fazemos isso com nossos negócios principais. O clube está enraizado em sua comunidade e entre seus torcedores. E é nossa intenção investir no Chelsea por esse motivo“, destacou o empresário.
Além de Ratcliffe, restam mais dois licitantes na disputa pelo Chelsea, ambos com forte participação dos Estados Unidos em suas propostas. O coproprietário do Boston Celtics (NBA), Stephen Pagliuca, que também é dono da Atalanta, da Serie A da Itália, foi descartado da disputa por ter sido informado de que não era o licitante preferido.
Ainda estão no páreo uma oferta liderada por Sir Martin Broughton, ex-presidente do Liverpool e da British Airways, que inclui os acionistas bilionários do Crystal Palace, Dave Blitzer e Josh Harris, além de outra do coproprietário do Los Angeles Dodgers (MLB), Todd Boehly, cuja oferta tem o apoio da empresa de investimentos americana Clearlake Capital.
Em seu comunicado, a Ineos disse que continuará investindo na equipe “para garantir que tenhamos um elenco de primeiro nível, com os maiores jogadores, treinadores e comissão técnica do mundo, nos times masculino e feminino”.
“E esperamos continuar investindo na academia para oferecer oportunidades para jovens talentosos se tornarem jogadores de primeiro nível. Acreditamos que Londres deve ter um clube que reflita o tamanho da cidade. Um que esteja no mesmo nível de Real Madrid, Barcelona ou Bayern de Munique. Pretendemos que o Chelsea seja esse clube”, afirmou Ratcliffe, ”esquecendo-se” de rivais londrinos como Arsenal e Tottenham.