EUA aprova lei para igualar salários de homens e mulheres no esporte

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou a Lei de Igualdade de Pagamento para os esportes, que garantirá compensação e recursos iguais para atletas americanos em competições internacionais, independentemente do gênero.

O projeto de lei, que já havia sido aprovado no Senado por unanimidade, agora segue para a mesa do presidente Joe Biden, que deve sancioná-lo. A lei abrangeria todas as equipes nacionais americanas, que totalizam 50 órgãos reguladores do esporte nacional, e exigiria a supervisão do Comitê Olímpico e Paraolímpico dos EUA.

“Ao enviar esta legislação ao presidente, ambas as casas enviaram uma mensagem clara de que este é o padrão para todas as seleções nacionais em todos os esportes e ressalta a importância de trabalhar com nossos atletas para alcançar a igualdade de remuneração, incluindo a equalização de prêmios internacionais em dinheiro”, disse Cindy Parlow Cone, presidente da US Soccer, a federação de futebol dos Estados Unidos.

Foi a seleção feminina de futebol quem deu início ao processo que resultou no projeto de lei de igualdade salarial. Logo após a conquista da Copa do Mundo de 2019, as principais atletas da seleção americana, lideradas por Megan Rapinoe, iniciaram um processo na Justiça exigindo equiparação salarial com os atletas da seleção masculina.

Em 2021, Rapinoe e Margaret Purce visitaram a Casa Branca e se encontraram com Biden e a vice-presidente Kamala Harris para discutir a igualdade salarial. Rapinoe recebeu a Medalha Presidencial da Liberdade dos Estados Unidos por Biden em julho de 2022 por seus esforços de pagamento igualitário.

O processo das atletas contra a US Soccer foi retirado após um acordo de US$ 24 milhões, anunciado no início de 2022. Atualmente, a federação e a entidade classista das jogadoras (USWNT) pressionam a Fifa para combater a discriminação salarial no esporte.

Em maio de 2022, as seleções masculina e feminina dos EUA assinaram um novo acordo coletivo de trabalho que garantiu uma divisão igualitária do prêmio em dinheiro, o que significa que o USWNT se beneficiaria do sucesso do USMNT – e vice-versa – na última Copa do Mundo no Qatar.

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