A Ferroviária é o mais novo membro da Liga do Futebol Brasileiro (Libra). Segundo a Máquina do Esporte apurou, a equipe de Araraquara (SP) aceitou uma proposta para integrar o bloco de clubes, que passa a contar com quatro times na Série B do Campeonato Brasileiro em 2025. Além da equipe paulista, Paysandu, Remo e Volta Redonda também integram o grupo.
Ao final da Segundona de 2024, a Libra ficou apenas com o Paysandu de representante, já que o Santos havia ascendido à primeira divisão e Brusque e Guarani acabaram rebaixados. No entanto, o bloco de times foi bem-sucedido na estratégia de atrair novas adesões.
Primeiro, conseguiu fechar com o Remo ainda em dezembro. Internamente, o clube, que voltava à Série B, estava receoso de ficar atrás financeiramente em relação ao arquirrival Paysandu, que já integrava a Bezona.
Depois, em fevereiro, foi a vez do Volta Redonda, campeão da Série C 2024, anunciar a entrada na Libra.
O grupo, agora, ganhou a adesão da Ferroviária, que neste ano também disputa a Série A2 do Campeonato Paulista. Nem a Libra nem o clube paulista ainda anunciaram oficialmente a entrada da equipe no bloco.
Entre as equipes que subiram para a Série B, a Liga Forte União (LFU) conquistou apenas a adesão do Athletic, time de São João del Rei (MG), que obteve o vice-campeonato da Terceirona no ano passado.
Apesar disso, a LFU ainda domina a Série B do Brasileirão, com 16 clubes: Amazonas, América-MG, Athletic-MG, Athletico-PR, Atlético-GO, Avaí, Botafogo-SP, Chapecoense, Coritiba, CRB, Criciúma, Cuiabá, Goiás, Novorizontino, Operário-PR e Vila Nova.
Direitos de TV
Os direitos de transmissão da Série B 2025 estão sendo negociados neste momento. A Peak Sport Media, agência contratada pela LFU, formatou dois ou três pacotes de jogos, dependendo da resposta que houver do mercado.
A expectativa era fechar esses contratos até o início de março. No entanto, alguns dirigentes da LFU já admitem que isso pode ser postergado até meados do mês que vem.
Segundo a apuração da Máquina do Esporte, há dois entraves que dificultam a negociação neste momento. Uma questão é que os valores pedidos estão sendo considerados altos por executivos de TV de plataformas que poderiam pretensamente estar interessadas em fechar parceria.
Outra dificuldade é, na verdade, uma oportunidade. Houve uma recente sinalização dos times da Libra de integrarem os da LFU para uma venda unificada dos jogos, estratégia fracassada na primeira divisão.
“A Série B vai dar uma lição de união que a Série A não conseguiu fazer”, disse um dirigente de um clube da Série B, exaltando a pretensa união entre os times de ligas rivais.
A sentença pode ser verdadeira, mas convém uma ponderação. Como a distribuição das cotas de TV na Segundona é feita de maneira igualitária, é menos complexo realizar esse acerto do que na elite.
Com o campeonato unificado, os dirigentes avaliam que valorizarão os direitos de transmissão. O problema é que mesmo as conversas da Peak que estavam em estágio mais avançado tiveram que voltar ao início, com a possibilidade dessa venda conjunta.