O governo do Reino Unido aprovou, nesta quarta-feira (25), a venda do Chelsea ao consórcio liderado por Todd Boehly por £ 4,25 bilhões (R$ 25,7 bilhões). O governo de Portugal, país onde Roman Abramovich, antigo dono do Chelsea, tem cidadania, e a União Europeia agora devem aprovar o negócio.
O magnata foi obrigado a se desfazer do time londrino como forma de sanção por suas ligações com Vladimir Putin e o governo russo, após o início da guerra na Ucrânia.
“Na noite passada, o governo do Reino Unido chegou a uma posição de que poderíamos emitir uma licença que permite a venda do Chelsea”, afirmou o comunicado do governo britânico.
“Após a sanção de Roman Abramovich, o governo trabalhou duro para garantir que o Chelsea pudesse continuar jogando futebol. Mas sempre deixamos claro que o futuro a longo prazo do clube só poderia ser garantido com um novo dono”, acrescentou o documento.
Desde a punição a Abramovich, o Chelsea vem operando sob uma licença especial do governo, que expira em 31 de maio. Uma das condições para a venda do Chelsea era que o empresário russo não recebesse nenhum dividendo do negócio.
Na noite passada, o governo do Reino Unido chegou a uma posição de que poderíamos emitir uma licença que permite a venda do Chelsea.
“Após um extenso trabalho, estamos convencidos de que os lucros totais da venda não beneficiarão Roman Abramovich ou qualquer outro indivíduo sancionado. Vamos agora começar o processo de garantir que o produto da venda seja usado para causas humanitárias na Ucrânia, apoiando as vítimas da guerra”, revelou o comunicado do governo britânico.
Investimentos no Chelsea
O consórcio liderado por Boehly, que é financiado principalmente pela Clearlake Capital, com sede na Califórnia (EUA), está comprometido a fazer um investimento de £ 1,75 bilhão como parte de sua oferta. Segundo o jornal The Times, os novos donos darão apoio para que o técnico Thomas Tuchel reforce o elenco como forma de diminuir a diferença para Manchester City, campeão da Premier League, e Liverpool, vice, na próxima temporada.
O Chelsea terminou 19 pontos atrás do City, o campeão, mas Tuchel, que conquistou a última edição da Champions League, terá uma verba de £ 200 milhões (R$ 1,2 bilhão) para gastar com reforços.
Com o time impossibilitado de negociar contratos de jogadores por causa das sanções impostas pelo governo britânico, o treinador já perdeu os zagueiros Rudiger e Christensen, que reforçarão, respectivamente, Real Madrid e Barcelona. É possível que ainda haja mais saídas. O Chelsea, por sua vez, tenta a renovação de contrato com Mason Mount e Reece James.
A Premier League divulgou um comunicado confirmando que Boehly, bilionário americano e coproprietário do Los Angeles Dodgers, da MLB, e outros membros do consórcio passaram no teste para serem proprietários e diretores do time.
“O Conselho da Premier League aprovou hoje a proposta de aquisição do Chelsea por Todd Boehly e pelo consórcio Clearlake. O conselho aplicou o teste de proprietários e diretores da Premier League a todos os diretores em potencial e realizou a devida diligência necessária. Os membros do consórcio que compra o clube são afiliados ao Clearlake Capital Group, LP, Todd Boehly, Hansjörg Wyss e Mark Walter. O Chelsea agora trabalhará com o governo para garantir as licenças necessárias para concluir a aquisição”, destacou o comunicado.