Depois de ser acusado pela Premier League de violar as Regras de Lucro e Sustentabilidade (PSR, na sigla em inglês) da liga, o Leicester anunciou que venceu o recurso contra a decisão de que uma comissão independente tinha jurisdição para julgar uma suposta violação.
As Regras de Lucro e Sustentabilidade da Premier League definem que os clubes não podem apresentar um prejuízo maior que £ 105 milhões no período de três anos. De acordo com a liga, o Leicester teria ultrapassado este limite.
O recurso iniciado pelo clube afirma que seu ano contábil se encerrou no dia 30 de junho de 2023, mais de um mês depois de ter sido rebaixado para a segunda divisão inglesa e, portanto, deixar de fazer parte da Premier League. Com isso, a liga não teria jurisdição para puni-lo.
“A Premier League encaminhou o clube pela primeira vez a uma comissão independente. A comissão rejeitou a contestação inicial do clube à sua jurisdição para ouvir o caso, mas a contestação do clube agora foi confirmada por um Conselho de Apelação independente, que reverteu a conclusão da comissão”, explicou o clube.
“Para evitar quaisquer mal-entendidos, o Leicester City deseja enfatizar que não violou os PSRs da Premier League para o período de avaliação encerrado em 30 de junho de 2023”, acrescentou.
A Premier League afirmou ter ficado “decepcionada” com a decisão. Em seu comunicado oficial, a liga indicou que a decisão teria “criado uma situação em que qualquer clube que exceda o limite do PSR poderá evitar a responsabilização nessas circunstâncias específicas”.
“A decisão do Conselho de Apelação significa efetivamente que, apesar do clube ser membro da liga das temporadas 2019/2020 a 2022/2023, a liga não pode tomar medidas contra o clube por exceder o limite PSR relevante em relação aos períodos contábeis associados”, disse a liga em nota oficial.
Além do Leicester, Nottingham Forest e Everton também foram acusados pela Premier League de violar as Regras de Lucro e Sustentabilidade. Ambos foram punidos com dedução de pontos.