Em 2025, a Motorola, subsidiária do Grupo Lenovo, fechou dois grandes contratos globais de patrocínio no esporte: Fórmula 1 e Fifa. A marca, que se tornou a parceira oficial de smartphones das duas organizações, busca ampliar a conexão com seu consumidor e fortalecer a própria imagem no segmento de aparelhos premium com os acordos.
“Todos esses patrocínios que a gente fechou desde o ano passado, com Fórmula 1 e Fifa, vêm com o objetivo de compor a conexão que a Motorola quer criar com o consumidor”, explicou Stella Colucci, diretora de marketing da Motorola Brasil, à Máquina do Esporte.
No caso da Fórmula 1, a parceria aconteceu por meio de uma expansão do patrocínio da Lenovo à categoria, que viabilizou o acordo da Motorola com a competição. Já com a Fifa, as duas marcas foram anunciadas como parceiras da entidade no último mês de maio, em um contrato que envolve a Copa do Mundo de Clubes 2025 e as Copas do Mundo Masculina de 2026 e Feminina de 2027.
“Para todos esses patrocínios vamos usar os nossos principais produtos, que a gente acabou de lançar. Então, para a Fórmula 1, a gente está indo bem forte com o Razr 60 e para a Copa do Mundo de Clubes vamos trabalhar toda a linha 60, que inclui os Razr 60 e Razr 60 Ultra, além dos modelos Edge 60”, acrescentou a executiva.
Copa do Mundo de Clubes
Para o mercado brasileiro, a Motorola negocia com os quatro times que representarão o Brasil na Copa do Mundo de Clubes (Botafogo, Flamengo, Fluminense e Palmeiras) para a realização de ativações em conjunto. Além disso, a marca também levará influenciadores digitais ao evento para ampliar a conexão com o público, bem como promoverá ativações nos jogos com alguns clientes.
“Teremos ações in loco que vão acontecer no campo, não só vídeos e exposição de marca no telão e no gramado, mas também ativações com consumidores da Motorola no campo. Ainda estamos nos aproximando dos times para a gente ter ativações conjuntas com eles para os torcedores que estarão lá”, comentou a diretora de marketing da Motorola Brasil.
“Em contrapartida, para quem ficar no Brasil, vamos trazer conteúdos exclusivos, seja através de influenciadores, por meio dessa parceria com os times, ou até mesmo via conteúdos que serão disponibilizados pela Fifa para nós por conta do patrocínio”, completou Stella.
Outra ativação da marca no torneio será o “Fotógrafo Super Fã Motorola”, que oferecerá a alguns torcedores a possibilidade de estar no aquecimento das partidas à beira do campo e registrar o momento com os smartphones da marca.
“Alguns torcedores poderão ter essa oportunidade única de participar do aquecimento, do pré-jogo, com acesso exclusivo ali, à beira do campo, usando um produto nosso para fazer toda a captura desse momento. Essa é uma ação exclusiva que tem a questão de demonstrar o nosso produto mas também de gerar engajamento”, ressaltou a executiva.
Fórmula 1
Dentro do território da Fórmula 1, a Motorola busca construir um ecossistema de propriedades no Brasil. Para isso, comprou cotas de transmissão da competição no Grupo Bandeirantes, acertou uma parceria com o piloto brasileiro Gabriel Bortoleto, entre outros acordos fechados.

“Quando crio todo esse ecossistema, reforço esse território. Então, se estou com o Bortoleto e você está assistindo à corrida, tenho a inserção do filme do Bortoleto antes e depois da corrida. Se você vai ao cinema assistir ao filme do Brad Pitt, da Fórmula 1, muito provavelmente você vai ser impactado por um anúncio nosso. Então, eu vou criando consistência em cima do território, ao ponto do consumidor não ter dúvida de que a Motorola é o smartphone oficial da Fórmula 1”, explicou Stella Colucci.
Para o Grande Prêmio São Paulo de Fórmula 1, que será disputado em novembro, a Motorola se planeja para promover ativações impactantes, envolvendo fan zones e outras experiências. Mas, ao contrário do que se possa pensar, fazer uma conexão entre a corrida e Gabriel Bortoleto, duas propriedades patrocinadas pela marca, não é algo simples por conta de questões contratuais.
“Fazer o link entre Bortoleto e Fórmula 1 é um pouco mais complexo. Talvez ele possa ir ao paddock da marca, fazer uma passagem, mas realmente algo muito informal, porque a Fórmula 1 tem diversas restrições. Por exemplo: eu só posso fazer um link de piloto com Fórmula 1 se eu tiver três pilotos de três equipes diferentes como parceiros para não dar a entender que a Fórmula 1 está priorizando uma equipe ou um piloto”, explicou a diretora de marketing.
“Mas, obviamente, toda essa construção que a gente está fazendo com o Bortoleto leva a esse link imediato do consumidor. O Bortoleto, a Fórmula 1 e a Motorola estão no mesmo lugar, e essa construção imagética existe, por mais que a gente não faça isso de forma 100% linkada”, finalizou Stella Colucci.