Mubadala propõe pagamento de R$ 4 bilhões à Libra, se houver adesão de ao menos 18 times

Dirigentes da Libra posam após Assembleia Geral do grupo - Divulgação

Dirigentes da Libra posam após Assembleia Geral do grupo - Divulgação

A Mubadala Capital fez uma nova proposta de R$ 4 bilhões à Liga do Futebol Brasileiro (Libra), se houver a adesão de ao menos 18 clubes ao contrato de venda de 20% dos direitos comerciais da futura liga nacional pelo prazo de 50 anos. A informação foi noticiada pelo GE e confirmada pela Máquina do Esporte.

Atualmente, a Libra conta justamente com 18 clubes, sendo 11 da Série A (Bahia, Botafogo, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Grêmio, Guarani, Ituano, Mirassol, Novorizontino, Palmeiras, Ponte Preta, Red Bull Bragantino, Sampaio Corrêa, Santos, São Paulo, Vasco e Vitória). Essa quantia vale para a participação de até 33 times no contrato.

Caso não haja adesão dos times hoje vinculados à Liga Forte Futebol (LFF), esse investimento será repartido apenas entre os 18 times que integram a Libra atualmente. A Máquina do Esporte apurou que esse contrato já está em posse dos clubes, mas ainda não há prazo para que seja assinado.

Unificação

Se houver a adesão de 34 a 40 clubes, a Mubadala desembolsará R$ 4,75 bilhões a serem divididos entre os clubes que assinarem a adesão ao contrato.

O novo investimento da Mubadala é considerado uma forma de tentar atrair as equipes da LFF para a Libra. Hoje, o Forte Futebol é composto por 26 times, sendo 9 da Série A, 12 da Série B e 5 da Série C:  ABC, Athletico-PR, Atlético-GO, Atlético-MG, América-MG, Avaí, Brusque, Chapecoense, Coritiba, Ceará, Criciúma, CRB, CSA, Cuiabá, Figueirense, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Internacional, Juventude, Londrina, Náutico, Operário-PR, Sport, Vila Nova e Tombense.

O Botafogo-SP, que disputa a Série B do Brasileirão, é o único clube que permanece neutro nessa divisão.

Aproximação

Outra sinalização para atrair os clubes da LFF aconteceu na semana passada, quando a Libra, em Assembleia Geral, aprovou uma cláusula de estabilidade de receitas para todos os clubes que disputem a liga brasileira que será formada a partir de 2025, quando chegará ao fim o atual contrato de TV da Série A.

A medida é prevista no estatuto da entidade e deve durar pelo período de transição de cinco anos. A ideia é que ela seja acionada apenas em um cenário (que a Libra considera improvável) de queda de faturamento do campeonato.  

Anteriormente, apenas Flamengo e Corinthians, donos das duas maiores torcidas do país, tinham direito ao mínimo garantido de receitas, no caso de uma queda de arrecadação, durante um período de transição que duraria cinco anos ou até a liga atingir R$ 4 bilhões de receitas anuais (o que viesse primeiro). Esse era um dos principais pontos que distanciavam os clubes da LFF da Libra. As conversas em busca de um entendimento já duram alguns meses.

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