Uma equipe da organização Fare Network acompanha a partida entre Espanha e Brasil, no Estádio Santiago Bernabéu, em Madri, para monitorar possíveis casos de racismo que ocorram no amistoso desta terça-feira (26).
Além de orientar as autoridades da partida, os inspetores da entidade avaliarão e interpelarão cantos, faixas ou símbolos discriminatórios que eventualmente apareçam no estádio.
O nome da organização é, na verdade, uma sigla em inglês que equivale a “Futebol Contra o Racismo na Europa”.
Se casos de racismo ocorrerem no estádio, o procedimento previsto permite aos árbitros interromperem o jogo e emitirem um anúncio, solicitando que as ofensas cessem.
Outra possibilidade é suspender a partida e enviar os jogadores aos vestiários. Por fim, existe a alternativa de abandonar o jogo, seguido de um anúncio com a explicação do ocorrido e o pedido de saída do estádio. Após a partida, o incidente será relatado à Fare e reportado à Federação Internacional de Futebol (Fifa).
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e a Fare realizaram uma reunião, na manhã desta segunda-feira (25), com o objetivo de avaliar o cenário da partida. As entidades concluíram que seria “pouco provável” a ocorrência de comportamentos discriminatórios, em razão do grande número de famílias que estariam presentes no estádio e pelo fato da partida ser realizada no Santiago Bernabéu, casa do Real Madrid, clube onde atua o atacante Vinicius Júnior, jogador que é alvo recorrente de ataques racistas.
A Fare Network enviou um documento com orientações à comissão técnica e aos jogadores do Brasil, como uma forma de auxiliá-los na observação, identificação e denúncia imediata dos atos racistas.