As marcas em geral adotaram tom de silêncio após Daniel Alves ser acusado de estupro em Barcelona. No entanto, o público leitor da Máquina do Esporte sugere que as empresas rescindam seus contratos com o jogador, que está preso preventivamente na Espanha.
A enquete foi promovida em um story no Instagram e no Twitter (nesta última rede social ainda está no ar). Na primeira rede social, 80% do público pede que as marcas se afastem do lateral-direito que defendeu a seleção brasileira na última Copa do Mundo. Por outro lado, 19% apoiam a lei do silêncio adotada pela maioria das marcas. Apenas 1% dizem que essas empresas deveriam sair em defesa do atleta.
No Twitter, o índice de desaprovação foi ainda maior: 82% sugerem que as empresas se afastem de Daniel Alves após a acusação de agressão sexual a uma mulher de 23 anos. Já 16% preferem adotar a lei do silêncio sobre o caso. Somente 2% afirmam que as empresas deveriam defender Daniel Alves.
Estratégia de silêncio
No mundo real, o silenciamento a respeito do assunto prevaleceu. A Adidas, que teve contrato com Daniel Alves até o final do ano passado, não se pronunciou oficialmente sobre o caso (o possível estupro ocorreu dia 30 de dezembro). A marca alemã, ao menos, tem como argumento que não tinha mais contrato com o lateral-direito quando o caso veio à tona.
Já o site de apostas 1xBet, que anunciou Dani Alves como embaixador em novembro passado, adotou o silêncio. Em suas redes sociais, manteve no ar a postagem anunciando a parceria com o atleta. O mesmo tom foi adotado pela marca de roupas que é parceira do atleta, curiosamente chamada Ethika.
A Brillacom, holding do mercado financeiro e de cripto que tem Daniel Alves como sócio, saiu em defesa do jogador, afirmando acreditar “firmemente em sua inocência”.
O Instituto Daniel Alves, ONG mantida pelo jogador na Bahia, também saiu em sua defesa. Sem citar o caso de estupro, a instituição afirmou, em postagem no Instagram, que o lateral “construiu sua história demonstrando o respeito pelas pessoas, dentro e fora de campo, nos seus mais de 20 anos de carreira esportiva”.
O Pumas, do México, por sua vez, foi a única instituição ligada a Daniel Alves que se afastou publicamente do atleta. A equipe, ligada à Universidad Nacional Autónoma de México (Unam), principal instituição de ensino superior do país, demitiu o jogador.
“Com esta decisão, o clube reitera seu compromisso de não tolerar atos de nenhum integrante da nossa instituição que atentem contra o espírito universitário e seus valores”, afirmou Leopoldo Silva, presidente do Pumas.