O Rio Branco Atlético Clube vendeu sua Sociedade Anônima do Futebol (SAF) para a T2R Sports Ltda por um investimento de, no mínimo, R$ 50 milhões nos próximos dez anos, e se tornou o primeiro time do estado do Espírito Santo a adotar o modelo.
Assinado na última quarta-feira (24), o acordo tem como objetivo desenvolver o futebol do clube e aprimorar as suas instalações. Para isso, a nova gestão destinará R$ 10 milhões às necessidades de infraestrutura do time, o que inclui a construção de um centro de treinamento.
“O objetivo é reconquistar relevância no cenário nacional, fortalecendo o futebol e o orgulho capa-preta”, afirmou o presidente do Rio Branco Atlético Clube, Paulo Pachêco.
Além do objetivo de voltar ao cenário nacional, o Rio Branco-ES, que atualmente não disputa nenhuma divisão do Campeonato Brasileiro, também pode ajudar a elevar a visibilidade do futebol capixaba, caso conquiste bons resultados dentro de campo.
Isso porque o estado do Espírito Santo é o único integrante das regiões Sul e Sudeste do Brasil que não conta com nenhuma equipe sequer na Série C, muito menos em divisões superiores do Brasileirão. Vale destacar que os únicos clubes capixabas que disputam alguma etapa do Campeonato Brasileiro em 2023 são Real Noroeste e Vitória-ES, que jogam a Série D.
Formato da SAF
Na contramão dos times de maior expressão que já se tornaram ou estão em processo para virar SAFs, como Coritiba, Cruzeiro, Vasco e Botafogo, que foram comprados por centenas de milhões de reais, o Rio Branco-ES adotou um modelo que dependerá de uma boa gestão para o seu sucesso, considerando que não receberá um aporte capaz de fazer grandes contratações a fim de crescer o clube rapidamente.
Nesse caso, o time terá que buscar maximizar as suas fontes de receita, controlar o endividamento e adotar estratégias para ganhar cada vez mais visibilidade, com o objetivo de valorizar as suas propriedades e aumentar a sua base de torcedores para conseguir vender seus produtos para mais pessoas. Ao concretizar isso, o Rio Branco-ES tende a aumentar a capacidade de investimentos, o que elevará as chances do clube de voltar ao cenário nacional do futebol brasileiro.