O Comitê Olímpico do Brasil (COB) revelou que Rogério Sampaio, campeão olímpico no judô nos Jogos Olímpicos de Barcelona 1992, deixará o cargo de diretor-geral da entidade após mais de 6 anos, período que incluiu os Jogos de Tóquio 2020 e Paris 2024. A mudança ocorrerá na segunda semana de janeiro, após o recesso de final de ano, e se segue às saídas de Gustavo Herbetta (diretor de marketing) e Paulo Roberto Conde (diretor de comunicação).
Com isso, todos os principais nomes da gestão de Paulo Wanderley Teixeira à frente da entidade serão substituídos. Teixeira perdeu a eleição para continuar como presidente do COB em 2025 para Marco Antonio La Porta. O pleito foi realizado no último mês de outubro.
“O trabalho do Rogério foi irrepreensível à frente do COB. Ele trouxe modernidade e eficiência para a agenda do comitê, que hoje tem inúmeros projetos que são referência internacional. Tanto no campo esportivo quando no administrativo, ele contribuiu de maneira decisiva para o esporte olímpico do país”, afirmou Paulo Wanderley.
“Gostaria de deixar meu mais profundo agradecimento ao presidente Paulo Wanderley, à diretoria e aos colaboradores do COB, com os quais convivi nestes mais de seis anos. Foi um período de dedicação extrema e inúmeras conquistas. Deixo o COB com a certeza de que o Movimento Olímpico brasileiro está em um caminho de profissionalização e ascensão”, disse Rogério Sampaio.
Emanuel Rego
Para a vaga do ex-judoca, outro campeão olímpico foi indicado. Ouro em Atenas 2004 no vôlei de praia, Emanuel Rego recebeu o convite do presidente eleito, Marco Antonio La Porta. A indicação, no entanto, terá que ser aprovada pelo novo Conselho de Administração do COB, que tomará posse no dia 15 de janeiro.
Além do ouro em Atenas, Emanuel ainda conquistou outras duas medalhas olímpicas, sendo bronze em Pequim 2008 e prata em Londres 2012. A informação da indicação foi divulgada pelo jornal O Globo nesta terça-feira (3).
“Eu tenho uma relação muito boa com a Yane Marques [vice-presidente eleita do COB para o próximo ciclo olímpico]. Trabalhamos juntos nos interesses da Comissão de Atletas, defendendo a voz dos atletas de 2017 a 2020, quando eu saí da comissão. Nós tivemos uma relação muito próxima, e acho que esse foi um dos motivos dessa indicação”, revelou Emanuel Rego, em entrevista ao GE.