Marcelo Paz, CEO do Fortaleza, defende gestão profissionalizada do futebol brasileiro

Marcelo Paz, CEO do Fortaleza, durante entrevista ao podcast Maquinistas - Reprodução / YouTube (@maquinadoesporte)

Marcelo Paz iniciou sua trajetória no Fortaleza como dirigente, ocupando diferentes cargos, até se tornar presidente. Atualmente, ele é CEO do clube.

Em entrevista concedida a Erich Beting e Gheorge Rodriguez, no podcast Maquinistas, da Máquina do Esporte, que irá ao ar nesta terça-feira (29), às 19h (horário de Brasília), o executivo defendeu a profissionalização da gestão do futebol brasileiro, que, na visão dele, deveria ser encarado (e valorizado) como um produto.

“Nós, dirigentes, temos de ter a humildade de saber que não somos nós que vamos gerenciar esse produto. Precisamos contratar os melhores executivos do mercado para isso. Nós podemos ser um conselho consultivo, o órgão balizador que irá apontar o norte. Mas o operacional deve estar nas mãos dos melhores executivos”, defendeu Paz.

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Para o CEO, os clubes brasileiros estão perdendo um tempo precioso, na medida em que não conseguem valorizar o produto futebol. A dificuldade da criação de uma liga unificada ajuda a agravar esse problema, embora, durante a entrevista, ele tenha se mostrado otimista em relação às chances de entendimento entre a Liga Forte União (LFU), da qual o Fortaleza faz parte, e a Liga do Futebol Brasileiro (Libra).

“Precisamos dar esse passo e parar de perder dinheiro”, disse o CEO, que se referiu às Séries A e B do Campeonato Brasileiro como um “produto grandioso”.

Expansão internacional

Segundo Paz, atualmente, os grandes investidores mundiais estão atentos às transformações ocorridas no país, em especial às decorrentes da lei que criou as Sociedades Anônimas do Futebol (SAFs).

“O mundo está olhando para o Brasil. A Lei das SAFs é boa e dá segurança aos investidores”, afirmou.

Na visão dele, fatores como o nível técnico elevado das competições e a própria história do futebol brasileiro ajudariam a tornar esse produto mais interessante ao mercado internacional.

“O futebol brasileiro é disparado o melhor das Américas. Não dá nem para comparar em todos os aspectos: equipamentos, finanças, performance esportiva, compra e venda de jogadores”, destacou.

Mas Paz também elencou desafios nesse processo de expansão internacional.

“Os clubes brasileiros não são conhecidos no mundo. Não são. Os craques brasileiros são. A seleção brasileira é. A camisa amarela é muito conhecida, mas os clubes não são. E isso é péssimo, porque você está perdendo dinheiro. Mas é também uma oportunidade. Tem literalmente um mundo para se explorar”, ponderou.

Veja a íntegra da entrevista do CEO do Fortaleza, Marcelo Paz, ao podcast Maquinistas, nesta terça-feira (29), às 19h, no canal da Máquina do Esporte no YouTube:

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