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NBA investe na prática esportiva de base para criar novas gerações de fãs

Liga entende que contato com basquete desde a infância cria consumidores no longo prazo

Orlando Magic e Miami Heat se enfrentam em partida da NBA 2025/2026 - Divulgação / Miami Heat

Os esforços para garantir o contato e, principalmente, o consumo das novas gerações acompanham a maioria das organizações esportivas. Para a National Basketball League (NBA), o caminho para a fidelização dos jovens está nos investimentos na prática esportiva de base.

Ao Maquinistas, podcast da Máquina do Esporte, Arnon de Mello, diretor-executivo da NBA para América Latina e Canadá, explicou que o entendimento da liga é de que o contato com o esporte na infância cria um vínculo que fomenta o consumo no futuro e, consequentemente, potencializa o contato com as novas gerações.

“Isso é simples, mas requer investimento e atenção. O melhor investimento que você faz é disseminar a prática. Sabemos que quem pratica vira fã”, disse.

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Essa abordagem configura um planejamento de longo prazo. O objetivo central, portanto, não é o retorno financeiro imediato, mas sim a construção de uma base sólida de admiradores que consumirão a marca na vida adulta.

“Você está investindo em colocar uma bola na mão da menina ou do menino que tem 8, 9, ou 10 anos para esse menino ou menina virar um consumidor da NBA com 20 e tantos anos”, ponderou o executivo.

A prioridade é garantir que o esporte faça parte da cultura local. Ao criar uma conexão através da atividade física, a liga busca assegurar a relevância do seu produto para as próximas décadas.

“A atenção para os novos fãs, você tem que ir lá na base, tem que dar a bola e ensinar como é que joga o esporte, não necessariamente para vir a ser um jogador da NBA, isso é o menos importante”, acrescentou Mello.

Marca

Para executar a estratégia, a NBA utiliza o peso de sua marca internacional como atrativo principal para captar a atenção do público infantil e auxiliar o trabalho já feito por confederações locais.

“Tentamos ao máximo trabalhar junto com ligas, times e a confederação para dar nossa contribuição de marca. A marca brilha o olho da criança, que já consegue identificar o que é o [Los Angeles] Lakers e o [Chicago] Bulls”, afirmou Arnon de Mello.

A atuação se divide entre escolas pagas, que formam uma rede extensa, e a capacitação de professores na rede pública. A ideia é garantir que, havendo infraestrutura básica, exista também alguém capacitado para ensinar os fundamentos do jogo.

“Nossa escola de basquete no Brasil é a maior do mundo. Temos mais de 230 escolinhas”, exaltou o diretor.

O podcast Maquinistas, apresentado por Erich Beting e Gheorge Rodriguez, com a participação de Arnon de Mello, diretor-executivo da NBA para a América Latina, estará disponível a partir de terça-feira (9), às 19h (horário de Brasília), no canal da Máquina do Esporte no YouTube: