Com torneio de golfe de celebridades, Netflix fará transmissão esportiva ao vivo

Netflix documentário

Atualmente, a Netflix investe na produção de documentários esportivos - Reprodução / Twitter (@netflix)

Pioneira no serviço de entretenimento sob demanda, a Netflix tem se mantido ao largo das transmissões esportivas, enquanto diversas concorrentes avançam cada vez mais sobre esse mercado. Por ora, a empresa não mudará sua estratégia, que segue focada em filmes, séries e reality shows.

Uma notícia divulgada pelo jornal norte-americano The Wall Street Journal, nesta segunda-feira (12), no entanto, informou que a Netflix ensaia seus primeiros passos no universo das transmissões ao vivo. Não será com competições profissionais já existentes e consagradas, mas sim com um formato que lembra mais os reality shows.

Essa primeira incursão da plataforma nas transmissões ao vivo seria com um torneio de golfe de celebridades. As partidas reuniriam pilotos que estrelam a produção própria da Netflix “Drive to Survive”, que retrata o universo da Fórmula 1, e jogadores profissionais que participam de “Dias de Golfe” (“Full Swing”), outra série dedicada ao mundo esportivo.

Estratégia

Nos últimos tempos, os conteúdos da Netflix relacionados a esportes consistem basicamente em séries e filmes, a maioria deles documentais. No fim do ano passado, a plataforma também firmou parceria com a Nike para oferecer um sistema de treinamento em vídeo a seus assinantes.

Enquanto isso, serviços rivais, como Amazon e Apple, têm apelado a esse produto visando ampliar sua base de assinantes nos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, grandes players tradicionais, como Disney, NBC e Warner Bros. Discovery, também incluem o streaming de esportes no cardápio oferecido aos clientes.

Em dezembro de 2022, Ted Sarandos, co-CEO e diretor de conteúdo da Netflix, declarou à revista Variety que a plataforma não tinha interesse em investir na transmissão de grandes competições esportivas. “Não vimos um caminho lucrativo para nos associarmos com o esporte. Não somos antiesportivos, mas apenas a favor do lucro”, afirmou o executivo, à época.

Para Sarandos, direitos de transmissão são muito caros, de curta duração e fragmentados, quando comparados a outros conteúdos de entretenimento que podem ser oferecidos em escala mundial e de maneira mais perene.

Sair da versão mobile