Em 2025, o Sertões vai virar mar. O principal rali do Brasil, que chega à 33ª edição, terá, neste ano, chegada no dia 3 de agosto na Praia do Francês, em Marechal Deodoro (AL). A largada acontecerá em 26 de julho, em local a ser divulgado. Haverá um prólogo e oito etapas até a definição dos vencedores.
Neste ano, a competição atraiu dois novos patrocinadores: Porto e Webmotors, que se juntam a uma longa lista, que inclui Podium, Petrobras, Eisenbahn, Mitsubishi, HStern, BFGoodrich, Pro Tork, Prospera, Usual Brinquedos e Tachão de Ubatuba, além do Governo Federal, Governo de Alagoas e Prefeitura de Marechal Deodoro.
O lançamento da edição de 2025 do rali aconteceu nesta quinta-feira (27), no Espaço de Gastronomia e Cultura da Praia do Francês, em Marechal Deodoro (AL), com a presença de Leonora Guedes, CEO do Sertões, André Bocão (MDB), prefeito da cidade, e Paulo Dantas (MDB), governador de Alagoas.
“O pano de fundo do Sertões é o Brasil. Por acaso, somos uma competição, que é o fio condutor para um projeto muito maior”, afirmou Leonora.
A executiva destacou o clima de celebração que será para toda a caravana do rali, com cerca de 2.500 pessoas, o fato de ter a chegada em uma praia paradisíaca.
“A chegada é um dos ápices do nosso evento. São oito dias de prova, em que todo mundo tem a missão de chegar, mais do que vencer”
Leonora Guedes, CEO do Sertões
“E vão chegar aqui, onde a poeira vai se misturar com a maresia. Esse é o sonho de todos os nossos competidores. Por isso, neste ano, estamos falando que a chegada deu praia”, acrescentou a executiva.
O percurso, que ainda será divulgado, terá 3.700km, sendo 2.500km de prova cronometrada (o restante são deslocamentos por estradas comuns e áreas urbanas).
“A gente faz antes todo o levantamento virtual. É como se olhasse o mapa do Brasil e tivesse vários caminhos mais ou menos delineados. No final de abril e começo de maio, vocês vão ver rodando aqui na região vários carros dos Sertões. É quando estamos terminando o levantamento técnico e físico. No final de maio, apresentamos o roteiro”, descreveu Edgar Fabre, diretor técnico do Sertões.

Ação social
Além da competição, o Sertões realiza várias ações sociais ao longo de todo o percurso. Uma das principais é tocada pelo SAS Brasil, parceira do rali, que leva duas carretas médicas durante a prova fornecendo atendimento médico gratuito.
O Carência Menstrual faz doação de absorventes e artigos de higiene íntima para mulheres em situação de vulnerabilidade social. Esse público é mapeado pelo Instituto Sertões, braço social do rali. Uma das iniciativas é fornecer um cartão com o qual as mulheres cadastradas têm o direito de retirar dois pacotes de absorventes por mês em farmácias cadastradas.
Outra iniciativa é a doação de filtros de água em comunidades carentes visitadas pela caravana do Sertões. Os equipamentos foram desenvolvidos com materiais baratos e de fácil acesso. Além disso, há treinamento para a população ser capaz de montar filtros com materiais que as pessoas possuam em casa ou que sejam baratos para adquirir.
“Em 2021, um piloto paranaense quebrou em alguma etapa. Ele teve que esperar ser resgatado por sua equipe, o que pode demorar. Aí, ele foi pedir água em alguma casa, e ela era amarela”, contou Leonora, relatando como surgiu a ideia de fazer a ação para proporcionar que haja água filtrada nas comunidades sertanejas.
Educação e sustentabilidade
Braço educacional do rali, o Rally Educação busca impactar as comunidades no processo de ensino e aprendizagem.
“Levamos um pouco de conceito de robótica através do esporte. As crianças montam um carrinho, às vezes usando latinha ou areia. E elas têm noção de Física e de Química”, explicou Leonora.
Por fim, também há projetos na área de sustentabilidade, com palestras sobre educação ambiental, reciclagem e compostagem de resíduos. Há o plantio de hortas pedagógicas, realização de oficinas de educação e conscientização ambiental e doação de mudas.
“São esses projetos que fazem com que o Sertões dure mais do que 24 horas. Não estamos falando que vamos chegar aqui no dia 3 de agosto e é só um dia. Esses projetos fazem com que o Sertões dure um ano ou mais, porque traz um legado”, concluiu Leonora.