A Ferrari consolidou sua recuperação em 2021, com aumento de 13% em sua receita, que passou de € 387 milhões em 2020 para € 437 milhões no ano passado. A marca encerrou o ano fiscal com um lucro de € 4,721 milhões, 23% a mais que o registrado em 2020, que foi de € 3,46 milhões.
A melhoria no desempenho foi facilitada pela realização relativamente normal da temporada da Fórmula 1, que levou as empresas a recuperar parte dos acordos comerciais que ficaram congelados em 2020. Além disso, também aumentaram as receitas que a empresa obtém com arrecadação de royalties e merchandising, que vão desde a venda de bonés até projetos como o Ferrari Land, parque temático automobilístico que fica no complexo turístico de PortAventura, em Tarragona, na Espanha.
No fim do ano passado, a Ferrari também recuperou o patrocínio do Banco Santander por valores não divulgados. A parceria com a instituição financeira servirá para assessorar os planos da escuderia de alcançar neutralidade de emissão de carbono até 2030.
Outro acordo importante foi fechado já no início deste ano com a Velas Network AG, startup suíça de blockchain, conhecida pela criação e integração de produtos e serviços digitais, colocando a Ferrari na nova onda dos NFTs esportivos. A equipe de Fórmula 1 divulgou que o acordo foi assinado por várias temporadas, sem especificar quantos anos.
Voltando a 2021, a montadora também teve renovação de patrocínio com a Technogym como academia oficial da equipe em um acordo que já existe há 20 anos. Além disso, a Giorgio Armani assinou contrato com a equipe e passará a vestir pilotos e membros da escuderia durante viagens.
Por fim, outra empresa que chegou ao time no ano passado foi a cervejaria Hijos de Rivera, presente nos carros com a marca Estrella Galicia.
A melhora de resultado também foi impulsionada pelo aumento da receita recebida pela Liberty Media. A dona dos direitos comerciais da Fórmula 1 subiu a verba de € 441 milhões em 2020 dada às equipes para cerca de € 690 milhões em 2021. Ou seja, um aumento de 53%.
Esse valor inclui o pagamento às equipes por participação nas corridas e premiações, e representa uma das principais fontes de receita para os times, atrás apenas da Formula One Management (FOM).
“As previsões podem ser alteradas por várias circunstâncias. Por um lado, pelos resultados e despesas da equipe de F1. Por outro lado, as novas regras da competição que entrarão em vigor em 2022 também podem impactar nas contas, juntamente com a incerteza sobre como os patrocinadores vão agir”, destacou a marca, em sua apresentação de resultados.