A Federação Internacional de Natação (Fina), entidade com 114 anos de existência, anunciou, durante um Congresso Mundial da entidade, em Melbourne, na Austrália, a mudança de nome para World Aquatics (WA). O anúncio foi acompanhado pela divulgação da nova identidade visual da federação.
A WA segue a tendência iniciada pela World Athletics. De 1912 a 2001, a entidade que comanda o atletismo no mundo usou a sigla Iaaf como abreviatura de Federação Internacional de Atletismo Amador. Em 2001, retirou o amador do nome, alterando-o para Associação Internacional das Federações de Atletismo, mas manteve a sigla Iaaf. Finalmente, em 2019, tornou-se World Athletics.
A mudança na World Aquatics se deve ao fato de atualmente a entidade englobar cinco modalidades diferentes dos esportes aquáticos, não apenas a natação. Estão sob o guarda-chuva da WA também o nado artístico, a maratona aquática, os saltos ornamentais e o polo aquático.
Fina era a sigla da entidade desde a sua fundação, em 1908.
“O novo nome unirá todos os atletas aquáticos pela primeira vez sob uma marca. Precisamos de um nome que reflita toda a família da Fina, um nome que nossos atletas de natação, nado artístico, saltos ornamentais, maratona aquática e polo aquático possam usar com orgulho”
Husain Al-Musallam, presidente da World Aquatics
Balanço
A agora WA fechou o balanço de 2020, o último disponível, com receitas de apenas € 8,2 milhões. Foi uma queda acentuada de 87% motivada em grande parte pela paralisação do esporte com a pandemia. Em 2019, a entidade teve um faturamento de € 62,8 milhões.
O adiamento dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, juntamente com o posterior adiamento do Mundial de Esportes Aquáticos (realizado também no Japão), fizeram com que a receita do evento diminuísse de € 54,8 milhões em 2019 para € 5,9 milhões no ano seguinte.
Para 2021, a Fina chegou a orçar um lucro de € 11 milhões, que faria com que a entidade superasse três anos consecutivos de perdas. O balanço, no entanto, ainda não foi divulgado.