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Los Angeles Lakers: Proprietários da NBA aprovam venda da franquia por US$ 10 bilhões

Conselho de Governadores da liga norte-americana de basquete deu aval por unanimidade ao negócio, que deve ser sacramentado em breve

O ala-armador Luka Doncic, em jogo pelo Los Angeles Lakers na NBA - Reprodução / Instagram @lukadoncic

Ala-armador Luka Doncic, em jogo pelo Los Angeles Lakers na NBA - Reprodução / Instagram (@lukadoncic)

O Conselho de Governadores da National Basketball Association (NBA) aprovou, por unanimidade, a venda do controle do Los Angeles Lakers para o investidor Mark Walter, em um negócio avaliado em US$ 10 bilhões e que é considerado a maior aquisição da história do esporte internacional.

Todd Boehly, parceiro de longa data de Walter, também investirá na franquia. Além disso, a família Buss, atual sócia majoritária, manterá uma participação de 15% nos Lakers, que seguirá tendo Jeanie Buss como governadora pelos próximos cinco anos. A tendência é de que o negócio seja sacramentado em breve.

Walter e Boehly inicialmente compraram uma participação de 27% no Los Angeles Lakers em 2021, quando a equipe estava avaliada em US$ 5,5 bilhões. Phil Anschutz, o antigo dono dessa cota, detinha a preferência na aquisição de todas as demais ações da franquia que chegassem ao mercado. Esses direitos foram transferidos no negócio.

A compra dos Lakers por Walter, por US$ 10 bilhões, superou a venda do Boston Celtics, que movimentou US$ 6,1 bilhões.

Walter é cofundador e CEO da empresa de serviços financeiros Guggenheim Partners, onde Boehly atuou até 2015, quando saiu para iniciar a Eldridge Industries. Walter também é um dos donos do Los Angeles Dodgers, da Major League Baseball (MLB), ao lado de Boehly.

Ambos ainda são coproprietários do Los Angeles Sparks, da Women’s National Basketball Association (WNBA), além de terem participado, ao lado da Clearlake Capital, da compra do Chelsea, da Inglaterra, em 2022.

Sob a gestão de Walter, o Los Angeles Dodgers garantiu 13 participações consecutivas nos playoffs da MLB e, no ano passado, tornou-se a primeira franquia da liga de beisebol a alcançar uma receita bruta de US$ 1 bilhão.

Expansão

Os valores recordes alcançados nas recentes vendas de Boston Celtics e Los Angeles Lakers têm servido de estímulo para que os demais proprietários aceitem ampliar o número de franquias da NBA.

Em julho deste ano, o comissário da organização esportiva, Adam Silver, tratou do tema abertamente, chegando a sinalizar que Las Vegas poderia vir a sediar a 31ª equipe da liga. Por enquanto, o número oficial não está definido, mas nos bastidores cogita-se que a NBA possa chegar a 32 times, frente aos 30 existentes hoje em dia.

A disparada nos preços das franquias funciona como um argumento poderoso nesse debate, porque acaba por determinar o valor das taxas de expansão da NBA, que vem a ser uma forma de compensação, paga às franquias já existentes, pela diluição das receitas compartilhadas tanto comerciais como de mídia.

Hoje, tudo o que a NBA fatura é dividido igualmente entre 30 times. Em uma eventual expansão, a fatia de cada equipe ficaria, em tese, menor.

Mas a conta não funciona dessa forma. Com mais times, a liga teria condições de negociar contratos maiores com seus parceiros comerciais e de mídia. Além disso, haveria uma tendência de aumento das receitas com ingressos e na própria venda de produtos licenciados da competição.

Com isso, mesmo que as franquias tenham a receber uma fatia relativamente menor das receitas gerais da NBA, esse cálculo incidiria sobre um bolo muito maior, tornando o negócio vantajoso, tanto para quem criar um novo time (poderia usufruir desse faturamento turbinado) quanto para as equipes já existentes, que seriam agraciadas com uma parcela relativa à taxa bilionária de expansão.